Origens

A música está presente em todas as culturas do mundo. O efeito da música sobre o indivíduo depende de vivências associadas a estilos musicais, por um processo de condicionamento.

Os musicoterapeutas estudam os efeitos dos ritmos repetidos, a associação de ritmos ao transe e êxtase místico e/ou o seu efeito sobre as emoções humanas, conhecimento este bem conhecido por exemplo por produtores da música de filmes (música de suspense, ação, sensualidade etc.) e peças teatrais, incluindo a ópera.

No passado se acreditava que a música era capaz de renovar a divina harmonia e o ritmo do corpo, das emoções e do espírito do homem. Todas as formas de doença, mental ou física, eram consideradas como sendo, basicamente, problemas musicais. O homem doente perdera a harmonia interior; permitira que a dissonância lhe penetrasse a sinfonia do ser. Já não se harmonizava com o universo e suas leis. Usava-se, portanto, a música exterior, audível, para reafinar o homem com o Som Universal.

As sociedades primitivas davam, com frequência, maior apreço aos cantos mágicos e às danças rituais do que às ervas medicinais para curar os seus doentes. Desde os primórdios da civilização, verificamos, portanto, que a musicoterapia, longe de haver caído em desuso por ser considerada não prática e primitiva, continuou a gozar da maior consideração, sendo até formalmente institucionalizada. Dos escritos chegados até nós, deduzimos que a música era utilizada como instrumento terapéutico pelos antigos chineses, hindus, persas, egípcios e gregos.

A relação entre musicoterapia e saúde é documentada há muito tempo na China antiga.

Diz-se que nos tempos antigos, a medicina tradicional chinesa realmente boa não usava acupuntura ou outras formas, mas sim música: ao final de uma música, as pessoas estavam curadas e recebiam alta. Já antes do período dos Reinos Combatentes, o Cânon de medicina interna do Imperador Amarelo acreditava que os cinco tons ( Gong – a ordem do imperador; Shang – os diferentes ministérios; Jiao – o povo; Zheng – as relações humanas; Yu – a matéria.) pertenciam aos cinco elementos (metal, madeira, água, fogo e terra), e estavam associadas a cinco emoções básicas (alegria, raiva, preocupação, tristeza e medo. Diferentes músicas, foram usadas para combater diferentes doenças.

Há mais de 2.000 anos, o livro Yue Ji também falava sobre o importante papel da música na regulação da harmonia da vida e na melhoria da saúde; “Zuo Zhuan” registrou os famosos médicos do estado de Qin e a discussão de que a música pode prevenir e tratar doenças Ressalta-se que o silêncio deve ser controlado e apropriado para ter um efeito regulador benéfico no corpo humano; O livro “a alma e o corpo fluem, o espírito também flui”; Zhang Jingyue e Xu Lingtai , famosos especialistas médicos das dinastias Ming e Qing, também discutiram especialmente fonologia e medicina nos “clássicos com asas” e “Yuefu Chuansheng”.

Por exemplo, Liu Xueyu, um dos imperadores da Dinastia Tang, curou algumas doenças persistentes através dos registros musicais da Dinastia Tang.

Na Índia, as raízes da musicoterapia podem ser encontradas na mitologia hindu, nos textos védicos e em tradições locais. A musicoterapia é usada de há muito na cultura indiana. Suvarna Nalapat estudou a musicoterapia no contexto indiano. Seus livros Nadalayasindhu-Ragachikilsamrutam (2008), Music Therapy in Management Education and Administration (2008) e Ragachikitsa (2008) são usados como livros-texto em cursos de musicoterapia e arte no país.

Os curandeiros dos povos nativos dos Estados Unidos empregavam cantos e danças para curar seus pacientes.

Na Austrália um dos primeiros grupos conhecidos a curar através do som foram os aborígenes australianos. O didjeridu é seu instrumento de cura. Por pelo menos 40 000 anos, o didjeridu foi usado para ajudar a curar “ossos quebrados, rompimento de músculos e doenças de todo tipo”.

Um registo sobre o uso terapêutico da música, está contido nos Papiros de Lahun. (São uma coleção de textos egípcios antigos que discutem tópicos administrativos, matemáticos e médicos. Seus muitos fragmentos foram descobertos por Flinders Petrie em 1889 e são mantidos na University College London. Esta coleção de papiros é uma das maiores já encontradas.).  Também nos Livros de Samuel, Davi tocou harpa para livrar o rei Saul de um mau espírito.

Outros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos. Apolo era o deus grego da música e da medicina. Acreditava-se que Esculápio curava doenças da mente através de música e canções. Platão dizia que a música afetava as emoções e poderia influenciar o caráter de um indivíduo. Aristóteles ensinava que a música afetava a alma, e descrevia a música como uma força capaz de purificar as emoções. Por volta de 400 a.C., Hipócrates tocava música para doentes mentais.

Na Iliada, narra Homero como uma peste avassaladora foi sustada pelo deus Apolo porque este se deleitava sobremodo “com hinos e cantos sacros que agradam docemente”, entoados jovens gregos. Na Odisséia, Homero nos conta que depois de ter sido ferido o joelho de Ulisses enquanto caçava javalis, a dor fora mitigada e a própria ferida sarara graças ao “entoar de trovas”. Essas duas narrativas homéricas nos propiciam uma visão interessante do primitivo período grego, revelando que a música era reputada eficaz contra ferimentos, doenças e pestes. Também se empregava a música extensamente para curar distúrbios emocionais.

O emprego da música como tratamento pelos gregos lhes foi originalmente transmitido por civilizações anteriores. Mas após a vida e a obra de Pitágoras, a prática da musicoterapia também passou a ser uma extensão natural das crenças pitagóricas. Aplicando os ensinamentos da antiga sabedoria à civilização da Grécia, os pitagoristas concebiam a música como a redução em freqüência da Música das Esferas (Som Cósmico). A boa música, portanto, se achava em sintonia com o ritmo da Vida. Estava em harmonia com o macrocosmo; e harmonizava-se também com as atividades fisiológicas do homem saudável, o microcosmo. A boa música reinspirava o homem cujo corpo perdera a saúde, recolocando-o em harmonia com a divina harmonia. Conta-se que Hipócrates, o “pai da medicina”, levava seus casos de enfermidade mental ao Templo de Esculápio para ali ouvirem a música comovedora.

No Império Romano, a teoria de Boécio (Foi um filósofo, poeta, estadista e teólogo romano, cujas obras tiveram uma profunda influência na filosofia cristã do Medievo. Inclui-se entre os fundadores da Escolástica.) sobre tratamentos com música criou uma tradição ao longo da idade média na Europa. Aulo Cornélio Celso advogava o som de címbalos e água corrente para o tratamento de desordens mentais.

No século IX da Idade de Ouro Islâmica, a música tinha utilização terapêutica. O cientista, psiquiatra e musicólogo Al-Farabi faz referência ao efeito terapêutico da música no seu tratado Significados do Intelecto. Nos hospitais árabes do século XIII, existiam salas de música para os pacientes.

No século XVII, Robert Burton escreveu, no seu clássico trabalho “A anatomia da melancolia”, que música e dança eram fundamentais no tratamento de doenças mentais, especialmente melancolia.

Com a discussão dos efeitos médicos da música, em termos de colocar corpo e alma em harmonia, surgiram trabalhos como o Musurgia universalis, de Athanasius Kircher, de 1650, o “Disputa sobre o efeito da música no homem”, de Michael Ernst Ettmüller, de 1714, e o Veritophili, de Friedrich Erhardt Niedten, de 1717, ainda tendiam a discutir os efeitos médicos da música em termos de colocar o corpo e a alma em harmonia.

Com o aumento do conhecimento sobre o sistema nervoso, a partir de meados do século XVIII, surgiram trabalhos como “Reflexões de música antiga e moderna”, de Richard Brocklesby, de 1749, o “Memórias” da Academia Francesa de Ciências, de 1737, e o “Conexão da música com a medicina”, de Ernst Anton Nicolai, de 1745, enfatizavam o poder da música sobre os nervos.

Depois de 1800, os livros sobre musicoterapia passaram a se basear no sistema brunoniano de medicina (O médico escocês John Brown (1735-1788) formulou esse sistema de medicina. As premissas básicas eram que o corpo responde a estímulos e o balanço desses estímulos afeta a saúde. Brown usava estimulantes e sedativos para contrapor a falta ou excesso de estímulos.), argumentando que a estimulação dos nervos pela música poderia ajudar a melhorar a saúde. Por exemplo, o livro “O doutor musical” (1807), de Peter Lichtenthal, era explicitamente brunoniano. Lichtenthal, um músico, compositor e médico com ligações com a família de Mozart, falava de “doses de música” que poderiam ser determinadas por alguém que conhecesse a “escala brunoniana”.

Musicoterapia Moderna

A partir do século XX a musicoterapia começa a receber mais fundamentação científica interdisciplinar e uma organização sistemática. Médicos, psiquiatras e músicos apresentaram ocasionalmente incidentes de tratamentos com recurso à música em revistas científicas e em literatura. Em 1903, Eva Vescelius funda a National Medical Association of New York e publica “Music and Health” com instruções para o tratamento de febre, insónia e outras doenças com a ajuda da música. A música Margaret Anderson e a enfermeira Isa Maud Ilsen oferecem serviços de musicoterapeuta a soldados canadenses durante a Primeira Guerra Mundial e em 1919 dão a primeira aula oficial de musicoterapia na Universidade Columbia.

O primeiro programa de musicoterapia em grande escala começou em 1938 com o psiquiatra Ira Altshuler, no Eloise Psychiatric Hospital na periferia de Detroit (Michigan). Aqui foram treinados os primeiro internos de musicoterapia, com o começo da sistematização de metodologia.

O primeiro curso profissionalizante universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na Universidade Estadual de Michigan.

Em 1945 após a Segunda Guerra Mundial, o Departamento de Guerra dos Estados Unidos emitiu o boletim técnico 187 descrevendo o uso da música na recuperação dos militares hospitalizados. O Exército dos Estados Unidos conduziu pesquisas que comprovaram o efeito positivo da música na recuperação de militares feridos.

A primeira associação de musicoterapia foi fundada em 1950 nos Estados Unidos, com o nome de National Association for Music Therapy.

Os modelos pioneiros da musicoterapia começaram a ser desenvolvidos com base nos trabalhos de alguns musicoterapeutas.

O modelo Nordoff-Robbins surge da parceria entre Paul Nordoff e Clive Robbins estabelecida em 1958 na Sunfield, uma escola para crianças e adolescentes autistas e outras condições psiquiátricas severas no Reino Unido. O seu sucesso com crianças autistas continuou nos Estados Unidos, em colaboração com a Universidade da Pensilvânia e numa investigação de 5 anos: Music Therapy Project for Psychotic Children Under Seven at the Day Care Unit, com publicação, estágios e tratamentos.

O modelo da musicoterapia analítica foi desenvolvido por Juliette Alvin, que em 1967 fundou o curso da Guildhall School of Music and Drama em Londres. Mary Priestley continuou a desenvolver o modelo analítico com base no seu trabalho na psiquiatria do Hospital de St Bernard na periferia de Londres, que levou à publicação de Music Therapy in Action.

O modelo cognitivo-comportamental da musicoterapia começa a ser desenvolvido por Clifford Madsen no Hospital Estadual de Parsons (Kansas), com a primeira publicação em 1968.

O modelo Guided Imagery and Music (GIM) foi desenvolvido no início da década de 70 por Helen Bonny, que trabalhava em Baltimore no Centro de Investigação Psiquiátrica de Maryland.

Nos anos 80, Kenneth Bruscia, teórico da musicoterapia, publicou um livro chamado Definindo Musicoterapia. Nessa obra, ele discorreu detalhadamente sobre palavras e expressões que formam a definição de musicoterapia lançada pela National Association of Music Therapy (NAMT) em 1980. Nela ele declarou:

“Musicoterapia é a utilização da música para alcançar objetivos terapêuticos: recuperação, manutenção melhoria da saúde física e mental”.

Empenhado na tarefa de oferecer uma definição ampla do campo de práticas e modos de pensar musicoterapêuticos, Bruscia destacou que as questões culturais e sociais das diferentes partes do mundo e a natureza interdisciplinar da área determinam que várias definições figurem no campo.

Em 1985, a World Federation of Music Therapy (WFMT) foi formalmente estabelecida em Génova, na Itália. Foi fundada por Rolando Benenzon (Argentina), Giovannia Mutti (Itália), Jacques Jost (França) Barbara Hesser (Estados Unidos), Amelia Oldfield (Reino Unido), Ruth Bright (Austrália), Heinrich Otto Moll (Alemanha), Rafael Colon (Porto Rico), Clementina Nastari (Brasil), e Tadeusz Natanson (Polónia), para promover globalmente a profissão.

O neurologista Oliver Sacks publicou Musicophilia em 2007, com casos em colaboração com a musicoterapeuta Concetta Tomaino no Hospital Beth Abraham.

O processo da musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos que podem ser divididos basicamente em Receptivos e Ativos.

São receptivos, quando o musicoterapeuta toca música para o paciente. Este tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes dificuldades motoras ou em apenas uma parte do tratamento, com objetivos específicos.

São ativos, quando o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. A forma como o musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do trabalho e dos métodos que ele utiliza. Em alguns casos, as sessões são gravadas e o terapeuta realiza improvisações ou composições sobre os temas apresentados pelo paciente.

Alguns musicoterapeutas procuram interpretar musicalmente a música produzida durante a sessão. Outros preferem métodos que utilizem apenas a improvisação, sem a necessidade de interpretação. Os objetivos da produção durante uma sessão de musicoterapia são não musicais, por isso não é necessário que a pessoa possua nenhum treinamento musical para que possa participar na musicoterapia.

Uma musicoterapeuta, Julienne Brown, escreve:

O objetivo do musicoterapeuta é estabelecer contato com o paciente através da música e da personalidade, de modo que se possa construir um profundo relacionamento musical e pessoal. Depois que isso acontece, ou mais exatamente, enquanto isso está acontecendo, o terapeuta pode guiar o paciente através de fases musical e emocionalmente dependentes para uma liberação das emoções. Se a terapêutica estiver alcançando seus objetivos, o paciente começará a funcionar melhor como pessoa completa. Nisso se inclui o ajudá-lo a lograr seu pleno potencial musical e a fortalecer a sua identidade pessoal. Quando me aparece um novo paciente, quase imediatamente tento descobrir a extensão das suas respostas musicais, e auxiliá-lo a responder de maneira mais significativa à pergunta a respeito de si mesmo: “Quem eu sou?”

Disse William Congreve:

“A música tem encantos para acalmar o peito selvagem.”

Uma vigorosa peça de música, seria, pelo menos, no caso de um paciente tenso, tão eficaz quanto um tranquilizante químico, e muito mais saudável.

Para que a musicoterapia e outras formas alternativas de medicina substituam parcial ou totalmente a produção intermitente de pílulas, altamente questionável, da indústria farmacêutica, teriam de ser superados primeiro interesses de empresas que operam na faixa de centenas de bilhões de dólares por ano. O dinheiro é poder, e é o poder econômico, e não a eficácia objetiva, da indústria das pílulas que tem mantido a influência preponderante da indústria sobre a profissão curativa.

Como disse a musicoterapeuta Jean Maas:

A música é o maior poder que já experimentei. Duvido que alguma coisa iguale o seu poder de agir sobre o organismo humano.

Há muito tempo, Novalis (Georg Philipp Friedrich von Hardenberg Foi um aristocrata, autor, poeta, místico, filósofo e inspetor de minas de sal e de bronze. Um dos mais importantes representantes do primeiro romantismo alemão de finais do século XVIII, foi o criador do motivo da “flor azul”, um dos símbolos mais duráveis do movimento romântico.

A profundidade do conhecimento de Novalis em campos como filosofia e ciências naturais só passou a ser mais amplamente apreciada com a publicação mais extensa de seus cadernos no século XX. Esses cadernos mostram que Novalis não só era bem lido nessas disciplinas, como também buscava integrar esse conhecimento à sua arte e a sua filosofia.) afirmou que toda doença é um problema musical.

Até o presente momento, a experiência moderna não provou que ele estivesse errado. Na literatura da musicoterapia, encontram-se referências a sucessos, em menor ou maior grau, no tratamento da histeria, da depressão, da ansiedade, do nervosismo, da preocupação e dos temores, da tensão, da insónia, da hipertensão, das dores de cabeça, da asma, das lesões cerebrais, da tendência para o câncer, das insuficiências cardíacas, da doença de Parkinson, da tuberculose e de uma vasta série de outras moléstias mentais e físicas. Até os problemas mais improváveis têm sido auxiliados ou resolvidos pelos efeitos curativos da música. O cientista do comportamento Johannes Kneutgen referiu que, quando se tocam acalantos gravados em fitas, jovens debilitados e retardados mentais passam noites tranqüilas, o número de casos de pacientes que molham a cama diminui consideravelmente e as pílulas para dormir deixam de ser necessárias.

Ocorreram progressos importantes no uso de instrumentos musicais para ajudar os deficientes. A julgar pelas aparências, os portadores de graves deficiências estariam impossibilitados de tocar a maioria dos instrumentos, mas verificou-se que, com o auxílio da imaginação, o problema deixava de ser tão grande assim. Os instrumentos podem ser adaptados às necessidades individuais do executante deficiente; ou podem usar-se luvas especiais ou correntes de retenção para ajudar a pessoa a segurar ou a tocar o instrumento. Um guitarrista que não tenha o braço direito para tanger as cordas, aprende, por exemplo, a tocar a guitarra com um petrecho ligado ao pé direito. Com adaptações individuais dessa natureza, muitos deficientes se dedicaram à música com profunda concentração. Resultado: eles não só se interessaram genuinamente pela música e desenvolveram a sua capacidade de tocá-la, mas também o esforço mental e físico necessário para aprender a tocar, envidado com êxito por longas horas, revelou-se excepcionalmente eficaz no aprimorar a coordenação sensorimotora, ajudando o deficiente a movimentar-se.

A música é um agente curativo universal?

De um lado, a mente prática precisa reconhecer que nas piores espécies de deficiência física, quando estas já se manifestaram plenamente, são necessárias formas mais imediatas e médicas de tratamento. Mas é perfeitamente possível que o emprego mais generalizado dos poderes curativos do som impedisse, em primeiro lugar, o aparecimento de tais deficiências. Com efeito, o que torna a musicoterapia particularmente atraente é o fato de curar a causa da moléstia, em lugar de limitar-se a suprimir os sintomas, como faz a maioria das formas de tratamento médico moderno. De acordo com todas as provas apresentadas pela musicoterapia contemporânea, a boa música parece,harmonizar o ser humano, trazendo-o de volta a padrões mais saudáveis de pensamento, sentimento e ação, exatamente como proclamavam os sábios de antanho. Dissemos que as piores espécies de enfermidades físicas, quando já manifestas em sua plenitude, requerem tratamento médico; todavia, quem nos dirá, na verdade, o que o poder da acústica não pode realizar? Nada impede que o poder do som, que já foi uma ciência importante do passado, venha a ser uma ciência importante do futuro.

Este é o Mitsubishi Dialtone D160, o maior subwoofer já construído, com 160 cm nos anos 80. Pesa 800 kg, pode quebrar janelas facilmente e produz pequenos terremotos que podem ser sentidos como vibrações do solo na faixa de 2 km. Na fábrica de Koriyama, o teste foi realizado inicialmente na sala de medições, mas parou porque as lâmpadas do telhado caíram por causa da vibração.O teste ao ar livre parece ter tido um impacto negativo no bairro. A uma distância de cerca de 100 m do alto-falante, sentia-se o som, mas a uma distância maior, transmitia-se como vibração e ruído na terra em vez de um som audível. Num raio de 2 km da fábrica, houve danos como vibrações como pequenos terremotos, bem como ruídos de paredes e janelas.