FENÔMENOS DO PLANO ASTRAL

Previsão e segunda vista. – A verdadeira clarividência, resultado de um longo treino, absolutamente completo, põe em jogo uma série de faculdades totalmente diferentes; mas como estas pertencem a um plano mais elevado do que o astral, estão fora do nosso assunto.

A faculdade da previsão rigorosa pertence também a esse plano superior; contudo, apareceu ás vezes á pura vista astral alguns reflexos ou relâmpagos seus, principalmente entre gente de espirito simples, que vive em condições apropriadas, constituindo o que se chama “segunda vista”, que se encontra muito entre os habitantes das montanhas da Escócia (Seriam descendentes dos Tuatha Dé Danann (“povos da deusa Danu”) formam um grupo de personagens na mitologia irlandesa e escocesa. Esse povo mítico introduziu a carroça e o druidismo. Sua chegada, marcada por festividades em Beltane, e os feitos mágicos dos Tuatha Dé Danann ecoam através dos séculos. Danu é reverenciada como Senhora da Terra, da água, da abundância, da plenitude da Natureza e da soberania, do lar e da família. Ela é a mais poderosa das Deusas celtas, Danu é a mãe dos Tuatha de Danann, os Deuses irlandeses e escoceses) entre outros locais do planeta. Outro fato que não deve esquecer-se é que qualquer habitante do plano astral, dotado de inteligência pode perceber estas vibrações etéricas e além disso – se aprendeu a fazê-los – adaptá-las aos seus fins ou po-las, ele próprio em ação.

Forças astrais. – Não se pode ainda falar muito acerca desta forças superficiais e dos processos da sua utilização por diversas razões.

Todos aqueles que têm assistem a sessões espiritas e também em cultos de determinads linhas religiosas podem ter notado uma vez ou outra o emprego de forças verdadeiramente irresistíveis, como, por exemplo, no levantamento instantâneo de pesos. Dentre os vários meios através dos quais estes fenômenos de caráter astral podem ser obtidos, podemo citar quatro:

1.° – Correntes etéricas. – Existem grandes correntes etéricas, cuja irresistível forca pode ser utilizada sem perigo, embora as tentativas inábeis, em que não se consiga dominá-las completamente, possam redundar em verdadeiras catástrofes.

2.° – Pressão etérica. – O Ocultista sabe lidar com ela, e é graças aos seus processos, que a pressão etérica pode ser vista em ação.

3.° – Energia latente.- Há vastas reservas de energia potencial que, durante a evolução do sutil para o grosseiro, se acumularam na matéria no estado latente, energia que pode ser libertada e utilizada, á semelhança do que se pode fazer com a matéria física, a cujas mudanças de estado corresponde uma libertação de energia latente sob a forma de calor. Chi Kung, Dim Mak

4.° – Vibração simpática. – Há casos fragrantes que se produzem por uma extensão do principio a que se pode chamar “vibração simpática”.

É sabido que, fazendo vibrar a corda de uma harpa, as cordas correspondentes de quantas harpas estejam junto da primeira também vibrarão, se estiverem uma mesma afinação. Igualmente é fato conhecido que, uma força militar em marcha atravessa uma ponte suspensa, sempre de passo trocado porque, do contrário, a regularidade da marcha comunicaria á ponte uma vibração oscilatória que iria aumentando a cada passo, até vencer a resistência do ferro e fazer rebentar a armação metálica.

Com estas duas analogias compreende-se que aquele que saiba bem qual á espécie de vibrações a produzir pode, gerando a nota certa, despertar uma grande quantidade de vibrações simpáticas. Quando isto se faz no plano físico não se desenvolvem energias suplementares; mas no plano astral, visto, a matéria que o compõe ser muito mais inerte, a resposta a estas vibrações simpáticas é o somatório do impulso original e da própria força ativa, que assim vem intensificar consideravelmente o primeiro. E por uma repetição rítmica deste primeiro impulso – como na passagem da ponte -as vibrações podem tomar uma intensidade verdadeiramente desproporcional com a causa inicial. Pode mesmo dizer-se que, nas mãos de um conhecedor, esta força não têm limites, vista que a própria construção do Universo não é mais do que o resultado das vibrações. Citamos a seguir algumas das maneiras de utilização, no Ocultismo, das vibrações e suas leis:

Mantras. – A classe de mantras, ou filtros que produzem efeito sem auxilio de um elemental, mas apenas pela repetição de certos sons, deve a sua eficácia a esta ação das vibrações simpáticas.

Desintegração. – este fenômeno pode ser obtido também pela aplicação de vibrações extremamente rápidas que destroem a coesão das moléculas do objeto que sofre a desagregação. A decomposição das moléculas em átomos é devida a vibrações de um tipo diferente, de velocidade ainda maior. Um corpo, reduzido por este meio ao estado etérico, pode ser deslocado de um ponto para outro, com incrível velocidade, pelas correntes astrais; e logo que a forma que o eterizou, cessa de atuar, a pressão etérica leva-o ao estado original.

Muitos principiantes têm dificuldade em perceber como é que se consegue, nestas experiências, que o objeto retome, cessada a força desintegradora, a forma primitiva. Realmente, observa-se, que, quando um objeto metálico, é fundido pelo calor, um abaixamento conveniente de temperature o faz voltar, ao estado sólido, mas reduzido a massa informe, em que nada existe da primitiva classe. A objeção parece de valor, mas a analogia é que não é completa. A energia elemental que anima a chave, dissipa-se realmente nessa mudança de estado, não porque sofra diretamente a influência do calor, mas porque, destruído o seu corpo sólido temporário, volta ao grande reservatório comum de onde sai toda a essência elemental; é o que acontece aos princípios superiores do homem, que, apesar de insensíveis aos efeitos do frio e do calor, se libertam do corpo, quando o fogo o destrói.

Por conseqüência, quando aquilo que era um objeto passa de novo, por um resfriamento, ao estado sólido, a essência elemental (da “terra”, ou da espécie sólida); que vem penetrá-lo, não é a mesma que o objeto continha, e portanto não há razão para que a massa metálica solidificada retome a forma que tinha. Mas um operador que queira desintegrar o objeto com o fim de o transportar por uma corrente astral, terá ao cuidado de manter na sua forma a essência elemental, até que se realize transporte; e ao suspender o esforço da sua vontade, essa essência elemental constituirá uma espécie de molde em que se espalharão as partículas em via de solidificação, ou antes, em volta do qual elas se reagregarão. E assim se conservará a forma primitiva, sempre que o poder de concentração do operador se mantenha firme.

Materialização. – Da mesma forma como é possível, por uma alteração de vibrações, fazer passar um corpo do estado sólido ao estado etérico igualmente é possível a inversa. O primeiro processo explica o fenômeno de desintegração, o segundo o de materialização; assim como no primeira caso é necessário um esforço continuando de vontade para evitar que o objeto retome o estado primitivo, também no segunda fenômeno é necessário um esforço continuo para evitar que a matéria materializada recaia no estado etérico.

Nas materializações espiritas, a matéria necessária ao fenômeno é fornecida pelo duplo etérico do médium, com grave prejuízo da sua saúde e outros inconvenientes ainda mais perigosos. É por isso que a figura materializada se mantém sempre nas proximidades do médium, e está sujeita a uma atração tendente a afasta-la dele para o corpo donde veio, deforma quem se permanecer muito tempo longe do médium, a figura esvai-se e a matéria que a compunha, voltando ao estado etérico, precipita-se instantaneamente para a sua origem.

Em alguns casos não há dúvida de que esta materialização temporária se faz á custa da matéria densa e visível do corpo do médium, transferência de matéria de explicação e de compreensão realmente difícil.

Os freqüentadores das sessões espiritas hão de ter notado que há três espécies de materializações:

1 – as que são tangíveis, mas invisíveis;

2 –  as visíveis, mas intangíveis

3 –  as tangíveis e visíveis.

A primeira que é a mais numerosa, pertencem as mãos invisíveis que tantas vezes acariciam os assistentes, ou transportam objetos de pequenas dimensões dum lugar para outro da sala, os órgãos vocais que produzem a “voz direta”. Neste último caso, emprega-se uma modalidade da matéria que não intercepta, nem reflete a luz, mas que é suscetível de despertar na atmosfera vibrações que afetam com o som.

Fotografias espiritas. – Uma variante desta classe é essa espécie de materialização parcial, que, não podendo refletir nenhuma luz visível afeta, contudo, os raios ultravioletas e pode sensibilizar uma chapa, dando-nos as chamadas fotografias espíritas.

Quando o poder é insuficiente para produzir uma materialização perfeita, obtêm-se formas vaporosas que constituem a classe dos visíveis mas não tangíveis e neste caso os “espíritos” previnem sempre os circunstantes de que não devem tocar nas aparições. Quando, o que é mais raro, a materialização é completa, é que a força é suficiente para manter, pelo menos durante instantes, formas que podem ser ao mesmo tempo visíveis e tangíveis.

Um Mago, ou o seu discípulo, tem necessidade de materializar o veículo astral ou mental, não precisa ir buscar a matéria ao duplo etérico, nem ao de ninguém, porque sabe o processo de extração da matéria que lhe é necessária diretamente do éter que o rodeia.

Precipitação. – Um Mago que deseje se comunicar com alguém limita-se a colocar diante de si uma folha de papel em branco e a formar uma forte imagem mental do que deseja que lá apareça escrito, e depois extrair do éter a matéria necessária com que materializar essa imagem; ou, se agrada mais, pode, com a mesma facilidade obter resultado idêntico sobre uma folha de papel colocada em frente do seu correspondente, seja qual for a distancia que os separa. Historia de minha avo

Um terceiro processo, que, pela sua simplicidade é o mais usada, consiste em imprimir todo o conteúdo da carta no espírito de um receptivo e deixá-la fazer o trabalho puramente mecânico de precipitação. O receptivo tomará a folha de papel e imaginando que vê a carta nas mãos do Mago, procederá á materialização das palavras, como se disse. E se se lhe tornar difícil realizar simultaneamente as duas operações, extração da matéria do éter e precipitação da escrita, Poderá por junto dele em cima da mesa uma pequena quantidade de tinta ou de pó colorido, que serão de mais fácil emprego, visto estarem já no estado de matéria densa.

Um tal poder tornar-se-ia evidentemente, extremamente perigoso nas mãos duma criatura sem escrúpulos, visto que é tão fácil imitar uma letra dum indivíduo, como a doutro qualquer, e seria impossível pelos meias ordinários, descobrir uma falsificação cometida desta forma.

Se em vez duma carta se tratasse duma imagem qualquer, o processo de precipitação sera o mesmo, com a diferença que neste caso é necessário um poder de visão que abranja simultaneamente toda a cena e, caso haja o uso de muitas cores, o trabalho complica-se com o acréscimo da sua composição, separação e da reprodução exata dos tons. Evidentemente, num trabalho desta ordem entra a capacidade artística do operador e não se julgue que qualquer habitante do plano astral pode igualmente fazer um trabalha perfeito. Um indivíduo que na vida terrena fosse artista, tem evidentemente faculdades mais desenvolvidas neste ponto, e está portanto em condições de ser muito mais feliz num trabalho deste gênero do que qualquer criatura, que, nunca tenha dedicado a questões artísticas no plano físico, tentasse, quando no astral, fazer uma destas precipitações.

Levitação. – A levitação, isto é, suspensão dum corpo no ar, sem qualquer apoio aparente, é muito freqüente nas sessões espíritas, e mais ainda entre os Yoguis Orientais. Quando realizada por um médium o corpo é muitas vezes seguro por “mãos de espíritos”, mas há um processo mais elevado que também é usado no Oriente.

Consiste apenas no emprego da faculdade de neutralizar e por assim dizer mudar o sentida da atração da gravidade, o que permite a execução simplicíssima de todos os fenômenos de levitação. Foi sem dúvida o conhecimento deste segredo que permitia as naves aéreas do antiga Egito e da Atlântida se elevassem da terra, e adquirissem aquela leveza que as tornava facílimas de manejar e dirigir. É provável também que fosse o conhecimento das forças sutis da natureza que facilitou o trabalha daqueles que elevaram os enormes blocos de pedra empregadas na arquitetura ciclópica ou na construção das majestosas Pirâmides do Egito.

Lung gom pas é uma habilidade esotérica no Budismo Tibetano, que permite ao praticante correr a uma velocidade extraordinária durante dias sem parar. Esta técnica poderia ser comparada àquela praticada pelos monges Kaihōgyō do Monte Hiei e pelos praticantes de Shugendō , no Japão.

Alexandra David-Néel , em seu livro Magic and Mystery in Tibet , assim como também Chiang Sing em seu livro Misterios e Magias do Tibete descreve como viu um um deles em ação. Depois de testemunhar tal monge, David-Néel descreveu como “[ele] parecia se levantar do chão. Seus passos tinham a regularidade de um pêndulo […] o viajante parecia estar em transe.

Segundo Alexandra David-Néel, Milarepa um famoso yogue tibetano vangloriava-se de ter “atravessado em poucos dias uma distância que, antes da sua formação em magia, lhe demorava mais de um mês. “