FENÔMENOS DO PLANO ASTRAL
Vamos fazer agora uma enumeração daqueles que freqüentemente se apresentam mais comumente
Existe uma gama enorme deles, muitos são conhecidos do investigador desses assuntos. Vamos mostrar também quais são, daquelas que estudamos, as entidades que mais geralmente produzem alguns dos tipos de fenômenos do plano. Dizemos, “mais geralmente”, porque os recursos do mundo astral são tão variados e complexos que quase cada um dos fenômenos a que vamos nos referir pode ser produzido de muitas maneiras o que torna impossível a apresentação de regras fixas em tal assunto.
Para facilitar um pouco a compreensão poderíamos dividir tais fenômenos em dois grande grupos. Aqueles produzidos por seres encarnados tais como a clarividência, telepatia, etc.. E aqueles produzidos pelos outros tipos de habitantes do plano, já nossos conhecidos.
Destes os mais comuns são aqueles que ocorrem, costumeiramente nas sessões espiritas e similares como por exemplo a movimentação de objetos, a materialização ou desmaterialização dos mesmos, etc..
Agora, para se fazer uma idéia dos processos pelos quais se produzem a maior parte dos fenômenos físicos, é necessário conhecer os variados recursos, que estão a disposição de um indivíduo que opere no plano astral. É, no entanto, um ramo da assunto que não é fácil esclarecer completamente, tanto mais que há a este respeito certas restrições, cuja necessidade é evidente. Servir-nos-á de auxilio lembrar que o plano astral pode ser considerado, sob muitos pontos de vista, como uma extensão do plana físico, e a idéia de que a matéria pode passar ao estado etérico – que, apesar de invisível e intangível não deixa se ser puramente física – pode fazer-nos compreender como um plano se funde no outro.
Os planos físico e astral estão combinados, correspondendo as sete subdivisões deste aos quatro estados da matéria física e ás três grandes divisões da matéria astral, a que já nos referimos anteriormente.
Definido isto, podemos avançar mais um passo e compreender que a visão astral ou antes a percepção astral pode definir-se “a faculdade de receber um número mais considerável de diferentes espécies de vibrações.”
Fisicamente somos sensíveis e até admite-se que algumas dessas vibrações atravessam facilmente a matéria sólida, entretanto para a visão astral, a melhor explicação é fornecida pela teoria da quarta dimensão. É claro que basta um indivíduo possuir a faculdade de visão astral para poder realizar coisas que parecerão verdadeiros milagres, como, par exemplo, a leitura de uma passagem de um livro fechado, (exemplo do Renato).
Se juntarmos a isto, que esta faculdade inclui o poder de ler as pensamentos e ainda, quando combinada com o conhecimento de projeção de correntes na luz astral, o de observar um objeto desejado em quase qualquer parte do mundo, compreende-se bem que é extremamente fácil a explicação de muitos dos fenômenos de clarividência que será o primeiro fenômeno de que vamos tratar.
Há quatro métodos pelos quais é possível observar acontecimentos que estão tendo lugar á distância:
1. Por meio de uma corrente astral. Este método é de certa forma análogo ao da magnetização de uma barra de aço, e consiste no que pode ser chamado polarização, por um esforço da vontade, do observador para a cena que ele deseja observar. Forma-se uma espécie de tubo temporário, ao longo do qual o clarividente pode olhar. É formado pela transmissão da energia, ou pelo uso de força que vem de um plana mais alto e que atua sobre toda a linha simultaneamente. Este último método implica em um desenvolvimento muito maior, envolvendo o conhecimento de forças de nível considerável e o poder de usa-las. Um homem que pudesse fazer tal linha, para seu próprio uso, não teria necessidade dela, porque poderia ver longe mais facilmente, e inteiramente através de faculdades superiores.
Ela também pode ser formada inconscientemente, sem nascer de uma determinada intenção como resultado de um pensamento ou de uma emoção muito forte, projetado de uma extremidade ou de outra – ou pelo vidente ou pela pessoa que é vista. Se duas pessoas estão unidas por forte afeição, é provável que um fluxo razoável de pensamento mútuo esteja constantemente fluindo entre elas, e alguma necessidade súbita ou um transe terrível da parte de uma delas pode carregar aquele corrente, temporariamente, com o poder polarizante necessária para criar esse telescópio astral.
Figuras humanas, aparecem, habitualmente, muito pequenas, mas perfeitamente claras: ás vezes, mas não comumente, é possível ouvir tão bem quanto se vê, com este método.
O método tem claras limitações, já que revela a cena apenas de uma direção, e tem um campo de visão limitado e particular. Na verdade, a visão astral dirigida ao longo de tal tubo é tão limitada quanto o seria a visão física sob circunstâncias idênticas.
O tipo de clarividência pode ser grandemente facilitado se usarmos um objeto físico como ponto de partida – um foco para a força de vontade. Uma bola de cristal é o mais comum e o mais eficaz do focos, porque tem um arranjo peculiar de essência elemental, e possui também, em si mesma, qualidades que estimulam a faculdade psíquica. Outros objetos também são usados com um mesmo propósito, tais como uma taça, um espelho, um potinho de tinta, uma gota de sangue, uma vasilha de água, um tanque, água em vasilha de vidro, ou quase toda superfície polida. Também serve uma superfície inteiramente negra, produzida par um punhado de carvão em pó num pires.
Há quem determina o que vê á sua vontade a grande maioria, entretanto, forma um tubo eventual e vê o que se apresenta na outra extremidade da mesma.
Alguns psíquicos só podem usar o método do tubo quando estão sob a influência da hipnose. Há duas variedades de tais psíquicas:
(1) os que podem fazer pessoalmente o tubo;
(2) os que vêem através do tubo feito pela hipnose.
Ocasionalmente, embora seja raro acontecer, também é possível obter ampliação par meio do tubo, embora nesses casos seja provável que um poder inteiramente novo esteja começando a se manifestar.
2. Pela projeção de uma forma-pensamento. Este método consiste na projeção de uma imagem mental de si próprio, em torno da qual se atrai matéria astral, sendo tal conexão com a imagem retida de forma a tornar possível receber impressões por meio dela; a forma atua, assim, como uma espécie de posto avançado de consciência de quem vê. Tais impressões serão transmitidas ao pensador por vibração simpática. Num caso perfeito, o vidente pode ver quase tão bem como se ele próprio estivesse no lugar da forma pensamento. Com esse método também é possível mudar o ponto de visão, se isso for desejado. A clariaudiência é talvez menos freqüentemente associada com esse tipo de clarividência do que com o primeiro tipo. No momento em que a firmeza do pensamento cai, toda a visão se vai, e será necessário construir de novo uma forma-pensamento para que ela retorne. Esse tipo de clarividência é mais rara do que o primeiro tipo, por causa do controle mental exigido e da natureza mais refinada das forças empregadas. É cansativo, a não ser para curtas distâncias.
3. Viajando no corpo astral, seja durante o sono, seja em transe.
4. Viajando no corpo mental. Neste caso, o corpo astral é deixado com o físico, e, se a pessoa quiser mostrar-se no plano astral, forma para si um corpo astral temporária.
É possível também obter informação referente a acontecimentos que se passam a distância, invocando uma entidade astral, tal como um espírito-da-natureza e induzindo-a ou compelindo-a a empreender a investigação. Isso, está claro, não é clarividência, é magia.
A fim de encontrar uma pessoa no plano astral, é necessário pôr-se em sintonia com ela, sendo suficiente uma pequeníssima pista, quase sempre, como uma fotografia, um objeto que lhe pertenceu. O operador então faz soar a nota tônica da pessoa e, se ela está no plano astral, virá resposta imediata.
A nota tônica da pessoa que está no plano astral é uma espécie de tom médio de emerge de todas as diferentes vibrações que são habituais naquele plano. Há, também, um tom médio similar para o corpo mental e o outros corpos de cada homem, formando todas as tônicas reunidas o acorde do homem – um acorde místico, como muitas vezes é chamado.
O clarividente treinado afina seus próprios veículos, no momento, exatamente pela nota da pessoa, e então, por esforço da vontade, envia aquele som. Seja em qual for dos três mundos que a pessoa procurada esteja, sua resposta instantânea vem. Essa resposta é de pronto visível para o clarividente, de forma que ele pode formar uma linha magnética de conexão com a pessoa.
Outra forma de clarividência permite ao clarividente perceber acontecimentos do passado. Há várias graus desse poder, desde o homem treinado que pode consultar os Registos Akásicos por si mesmo, quando quiser, até a pessoa que ocasionalmente percebe apenas relances. O psicometro comum precisa de um objeto fisicamente relacionado com a cena do passado que deseja ver, ou naturalmente pode usar um cristal ou outro objeto como seu foco.
Os Registros Akásicos representam a memória da Natureza. Os registros vistos no plano astral, não passando de reflexo de um reflexo de um plano muito mais alto, são muitíssimo imperfeitos, extremamente fragmentados e quase sempre seriamente distorcidos. Têm sido comparados aos reflexos na superfície da água encrespada pelo vento. No plano mental, os registros são completos e exatos e podem ser lidos com clareza. Mas isso, como é evidente, pede faculdades relativas ao plano mental.