4. Os Devas.- Os seres chamados devas pelos hindus, são denominados anjos pelos cristãos, e também filhos de Deus etc. Pertencem a uma evolução diferente da que rege a humanidade, uma evolução na qual podem ser vistos como um reino logo acima da humanidade.

Jamais serão humanos, porque a maioria deles já está além desse estagio, mas há alguns, entre eles, que foram humanos no passado.

Os corpos dos devas são mais fluídicos do que os dos homens, sendo a textura da aura, por assim dizer, mais frouxa. São capazes de expansão e contração muitíssimo maiores e tem certa qualidade ígnea que os torna nitidamente distinguíveis do ser humano comum. A forma dentro da aura de um deva, que é sempre aproximadamente uma forma humana, é muito menos definida do que a do homem: o deva vive mais na circunferência, mais em toda a sua aura do que o homem. Os devas aparecem, habitualmente, como seres humanos de tamanho gigantesco. Têm uma linguagem colorida, que não pode ser provavelmente definida como a nossa linguagem, embora sob certos aspectos seja mais expressiva.

Os devas estão, quase sempre, à mão e dispostos a expor e a exemplificar assuntos, ao longo de sua própria linha, para qualquer ser humano suficientemente desenvolvido para apreciá-los.

As três grandes divisões inferiores dos devas são:

(1) Kamadevas, cujo corpo inferior é o astral;

(2) Rupadevas, cujo corpo inferior é o mental inferior;

 (3) Arupadevas, cujo corpo inferior é o mental superior, ou causal.

A manifestação dos Rupadevas e Arupadevas no plano astral é, pelo menos, tão rara como para uma entidade astral é a sua materialização no plano físico.

Acima destas classes, há quatro outras grandes divisões, e acima e além do reino dévico estão as grandes hostes dos Espíritos Planetários.

Aqui estamos tratando, principalmente, dos Kamadevas. A média geral, entre eles, é muito mais elevado do que entre nós, porque tudo quanto é mau de há muito foi eliminado de seu meio. Diferem largamente em disposição, e um homem realmente espiritual pode muito bem estar em evolução mais elevada do que alguns deles.

Certas evocações mágicas (Teurgia) podem atrair-lhes a atenção, mas a única vontade humana que pode dominar a deles é a de uma certa elevada classe de Homens Evoluidos.

Em regra, parecem pouco conscientes de nosso mundo físico, embora um deles possa ocasionalmente prestar-lhe assistência, mais ou menos como o faríamos quando em auxilio de um animal. Compreendem entretanto que, no presente estagio, qualquer interferência com os assuntos humanos tende a produzir mais mal do que bem.

Através de toda a vida, eles contrabalançam constantemente as mudanças introduzidas nas condições do homem pela sua própria e livre vontade e a dos que o rodeiam, de forma que aquele Karma possa ser exata e justamente esgotado.

Todos os espíritos-da-natureza de ordem superior e as hostes de elementais artificiais atuam como seus agentes no trabalho que fazem; mas todos os fios estão em suas próprias mãos e eles assumem a inteira responsabilidade. Raramente se manifestam no plano astral, mas quando o fazem são certamente os mais notáveis de seus habitantes não-humanos.

Entidades Astrais: Artificiais

As entidades artificiais formam a maior classe e são também de certa foram as mais importantes para o homem. Consistem em massa enorme, caótica, de entidades semi-inteligentes, diferindo entre elas como os pensamentos humanos diferem, e praticamente incapazes de classificação e posicionamento detalhado. Sendo inteiramente uma criação do homem, estão a ele relacionados por estreitos laços Kármicos e sua ação sobre o ser humano é direta e incessante.

1. Elementais formados inconscientemente. –O desejo e o pensamento de um homem atiram-se sobre a essência plástica elemental e modelam instantaneamente um ser vivo de forma condizente. A forma de maneira alguma fica sob controle de seu criador, mas vive uma existência própria cuja extensão é proporcional à intensidade do pensamento que a criou, e tanto pode ser de alguns minutos como de muitos dias.

2. Elementais formados conscientemente. – Está claro que os elementais formados conscientemente por aqueles que estão agindo deliberadamente e sabem com precisão o que estão fazendo, podem ser enormemente mais poderosos do que os que são formados inconscientemente. Ocultistas tanto da escola branca como da negra usam frequentemente elementais artificiais em seu trabalho, e poucas tarefas estão fora do poder de tais criaturas, quando preparadas e dirigidas com conhecimento e habilidade. Quem sabe como fazer isso mantém conexão com seu elemental e guia-o de forma que ele agirá praticamente como se possuísse a inteligência de seu criador.

3. Artificiais humanos. – Esta é uma classe muito peculiar, compreendendo poucos indivíduos, mas  possuindo uma  importância inteiramente fora de proporção com  seu  número,  devido  à  sua conexão íntima com o movimento espírita.                        

  A fim de explicar sua gênese é necessário voltar  à  antiga Atlântida. Entre as lojas ocultas para o  estudo  oculto,  há uma, localizada na America do Sul, que  ainda observa o mesmo ritual daquele antigo mundo e ensina  as  mesmas línguas atlantes como línguas tão sagradas e  ocultas  como  nos dias de Atlântida.                                              

  Pelos meados do  século  dezenove,  os  dirigentes  desa loja, preocupados com o materialismo crescente da Europa e  da América, rosolveram combatê-lo  através  de  métodos  novos  e oferecer oportunidades a qualquer homem sensato para que pudesse ter provas de uma existência separada do corpo físico.          

  O movimento assim instalado se desenvolveu na vasta rede do espiritismo moderno, cujos  aderentes  se  contam  aos  milhões.  Sejam quais forem os resultados que se  possam  ter  seguido,  é indiscutível que por meio do espiritismo uma  grande  quantidade de pessoas adquiriram crença em, pelo menos, alguma  espécie  de vida futura. E essa é uma conquista   magnífica,  embora  alguns pensassem que foi conseguida a um custo demasiado alto.           

  O método adotado foi tomar alguma pessoa comum,  depois  de morta, desperta-la completamente no plano astral, instruí-la até certo  ponto  quanto  aos  poderes  e  possibilidades  que   lhe pertenciam, e então colocar a seu  cargo  um  círculo  espírita.  Ela, por sua vez, “desenvolveu” dentro das mesmas linhas  outras personalidades  falecidas,  e   todas   agiram   sobre   os   que freqüentavam suas sessões, “desenvolvendo-os” como  médiuns.  Os líderes  do  movimento,  sem  dúvida   alguma,   manifestavam-se ocasionalmente sob  forma  astral,  naqueles  círculos,  mas  na maioria  dos  casos   apenas   dirigiam   e   guiavam   conforme consideravam necessário. Pouco se  duvida  de  que  o  movimento cresceu tanto que depressa foi além de seu controle. Por  muitos dos  desenvolvimentos  posteriores,  portanto,  são  podem   ser tomados como indiretamente responsáveis.                        

  A intensificação da vida astral dos “controles” que tomaram os círculos  a  seu  cargo  retardou  claramente  seu  progresso natural e, embora aquilo fosse tomado como integral  compensação para tal perda através do resultado do bom  karma  trazido  pelo fato de conduzir outros à verdade, depressa  se  soube  que  era impossível fazer uso do “espírito-guia” por  qualquer espaço  de tempo sem lhe causar sério e permanente dano.                   

Em  alguns  casos,   tais   “guias”   foram   retirados   e  substituídos  por  outros.  Em  outros   casos,   contudo,   foi considerado indesejável fazer tal mudança  e  então  um  notável expediente foi adotado, dando início a  uma  curiosa  classe  de criaturas chamadas “artificiais humanos”.                       

  Deixou-se que os  princípios  superiores  continuassem  sua lenta evolução ao mundo celestial,  mas  a  Sombra  (a  que  nos referimos antes) que havia ficado atrás; foi tomada,  sustentada e manipulada de forma a continuar a  aparecer  no  círculo,  tal como antes.                                                      

  De início, isso parece ter sido feito por membros da  loja, mas finalmente se decidiu que a pessoa falecida que  tinha  sito apontada para suceder ao antigo “espírito-guia” ainda  o  fosse, mas tomasse posse da Sombra deste último, sombra  ou  cascão,  e simplesmente usasse sua aparência. É a isso  que  se  chama  uma entidade “humana artificial”.                                   

  Em alguns casos mais do que uma modificação parece ter sido feita  sem  levantar  suspeitas,  mas  por  outro  lado  algumas investigações do espiritismo observaram que depois de  um  tempo considerável as modificações apareceram subitamente nas maneiras e nas disposições do “espírito”.                                

  Além de decepção envolvida, um ponto fraco no arranjo é que outras lojas, que não a original, podem adotar o plano,  e  nada poderá  impedir  que  magos  negros  se  supram   de   espíritos comunicantes, como aliás, sabe-se, têm efeito.         

Duas “linhas diferentes foram utilizadas nesse processo.

Na America foi o caso das Irmãs Fox que se iniciou em 1848

As irmãs eram Katherine “Kate” Fox, Leah Fox e Margaret “Maggie” Fox. As irmãs fizeram sucesso por muitos anos como médiuns que diziam possibilitar espíritos a se manifestarem por batidas (tiptologia).

Na Europa Alan Kardek que se inicou em 1850

Espiritismo, doutrina espírita ou kardecismo é uma doutrina espiritualista e reencarnacionista estabelecida na França em meados do século XIX pelo autor e educador Allan Kardec (pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail). Como tal, pretende explicar, a partir de uma perspectiva cristão ciclo pelo qual um espírito supostamente retorna à existência material após a morte do antigo corpo em que habitava, além da evolução pela qual ele passa durante este processo. O conceito também interage com concepções filosóficas e científicas sobre a relação entre o físico e a moral. O kardecismo surgiu como um novo movimento religioso ramificado do campo espiritualista, as noções e práticas associadas à comunicação espiritual disseminadas em toda a Europa desde os anos 1850.

Espiritismo, Canalização, Apometria

Nos dias iniciais da Sociedade Teosófica, H. B. Blavatshy escreveu com grande veemência sobre a questão do espiritismo, dando grande ênfase à incerteza de tudo aquilo e à preponderância das aparências de personalidade sobre personalidades verdadeiras. Foi a “primeira” dos tempos modernos a levantar a questão.

Não há dúvida de que há perigo no espiritismo para as pessoas de natureza emocional, nervosa e facilmente influenciável.

Além disso, bom trabalho, similar ao que é feito pelos Auxiliares Invisíveis foi feito às vezes através de um médium ou de alguém presente às sessões. Assim, embora o espiritismo tenha, com demasiada freqüência, detido almas que, a não ser por isso, teriam conseguido mais rápida liberação, também tem fornecido os meios de evasão para outras, abrindo assim o caminho do progresso para elas. Houve casos em que pessoas mortas puderam aparecer, sem a assistência de um médium, aos seus parentes e amigos e explicar-lhes o que desejavam.

Também encontramos referencia a esses casos na obra Testemunhos do Ocultismo a qual já nos referimos anteriormente.

Não devemos esquecer que ele tem feito muito bem nessa espécie de trabalho.

Devemos também ter em mente que há um espiritismo mais alto, do qual o público nada sabe, e que jamais se publica relatórios de seus resultados. Os melhores círculos são estritamente particulares, restringidos a um pequeno número de freqüentadores. Em tais círculos as mesmas pessoas se encontram sempre, e ninguém de fora é jamais admitido para evitar qualquer modificação no magnetismo. As condições estipuladas são assim singularmente perfeitas e os resultados obtidos mostram-se, muitas vezes, do mais surpreendente caráter. Com freqüência, os chamados mortos são uma parte tão comum da vida diária da família como os vivos. O lado oculto de tais sessões é magnificente: as formas-pensamentos que as rodeiam são boas e calculadas para elevar o nível mental e espiritual do local em que trabalham.

Nas sessões publicas, uma classe bastante inferior de pessoas mortas aparece, por causa da confusão e promiscuidade do magnetismo.

Uma das objeções mais sérias à pratica geral do espiritismo é a de que, no homem comum, depois da morte, a consciência vai-se erguendo com firmeza da parte inferior da natureza para a parte mais alta: o ego, está sempre retraindo-se dos mundos inferiores. Obviamente, portanto, não pode ser de auxílio para a sua evolução ter a sua parte inferior despertada da inconsciência natural e desejável para a qual está passando e arrastada de volta ao contato com a terra, a fim de se comunicar através de um médium.

Isso retarda sua evolução e interrompe o que devia seu um progresso bem ordenado. O período no Astral é assim alongado, o corpo astral é alimentado e seu domínio sobre o ego é mantido. Com isso a libertação da alma é retardada.

Especialmente em casos de suicídio ou mortes súbitas, é muitíssimo indesejável reacordar o desejo da existência sensível.

O perigo peculiar a isso aparecerá quando se recordar que, desde que o ego se retrai para si mesmo, torna-se cada vez menos capaz de influenciar ou guiar a porção inferior da sua consciência, que, apesar disso, até que a separação se complete, tem o poder de gerar karma, e sob circunstâncias tais tende mais depressa a acrescentar mais mal do que bem ao seu registro.

Alem disso, as pessoas que levaram uma vida má e estão cheias de anseios pela vida terrena que deixaram e pelos deleites animais que já não podem fruir diretamente, inclinam-se a se reunir em torno de médiuns ou de sensitivos, utilizando-os para sua própria satisfação. Esses estão entre as forças mais perigosas que tão temerariamente enfrentam os irreflexivos e os curiosos.

Uma entidade astral desesperada pode apoderar-se de um sensitivo e obcecá-lo, ou pode mesmo segui-lo até sua casa e apoderar-se de sua esposa ou filha. Houve muitos desses casos, e habitualmente é quase impossível alguém livrar-se de tão obsessora entidade.

O desgosto apaixonado e os desejos dos amigos da terra tendem a induzir as entidades falecidas a descerem novamente para a esfera da terra, causando assim agudo sofrimento aos mortos, bem como interferindo no curso normal da evolução.

Ja apresentamos os diversos tipos de entidades que se podem comunicar através de um médium,

É teoricamente possível para qualquer pessoa morta, no plano astral, comunicar-se através de um médium, embora seja muito mais fácil dos níveis inferiores, tornando-se mais difícil à proporção que a entidade se eleva para subplanos superiores.

Daí, sendo idênticas outras coisas, é natural esperar que a maioria das comunicações recebidas nas sessões venham dos níveis inferiores e portanto de entidades relativamente pouco desenvolvidas.

Os suicidas e outras vitimas de morte súbita, inclusive os criminosos executados, tendo sido cortados do fluxo integral da vida física, estão especialmente sujeitos a ser atraídos para um médium, na esperança de satisfazerem sua sede de vida.

Consequentemente, o médium é a causa do desenvolvimento, nelas, de uma nova série um novo corpo com tendências e paixões piores do que as que tinham perdido. Isso trará males inenarráveis para o ego e o levará a renascer numa existência muito pior do que a anterior.

A comunicação com uma entidade que está no plano mental, necessita de alguma explicação a mais.

Quando um individuo, é de natureza pura e elevada, seu ego liberto pode erguer-se até o plano mental e ali fazer contato com a entidade que está no plano mental. Tem-se, com freqüência, a impressão de que a entidade no plano mental veio ter com o individuo, mas a verdade é exatamente o contrario: é o ego do individuo que se eleva ao nível da entidade no plano mental.

Devido às condições peculiares de consciência das entidades no plano mental, as mensagens assim obtidas não podem ser inteiramente aceitas como verdadeiras: no máximo o individuo, pode saber, ver e sentir apenas o que aquela entidade no plano mental sabe, vê e sente. Daí, se houver generalizações, há muita possibilidade de erro, desde que cada entidade no plano mental vive em seu próprio departamento particular no plano mental.

Além dessa fonte de erros, embora os pensamentos, o conhecimento e os sentimentos da entidade formem a substância, é possível que a própria personalidade do individuo e suas idéias preexistentes rejam a forma de comunicação.

Uma sombra pode frequentemente aparecer e comunicar-se, nas sessões, tomando a aparência exata da entidade falecida, possuindo sua memória, idiossincrasias etc., sendo com freqüência tomada como a própria entidade, embora esta não esteja consciente de qualquer representação. Não passa, na realidade, de “um punhado das qualidades inferiores”da entidade.

Um cascão também se parece exatamente com a entidade falecida, embora não seja mais do que um cadáver astral da entidade, já não existindo ali cada partícula da mente. Chegando ao alcance da aura do médium, ela pode ser galvanizada por alguns momentos numa caricatura da entidade real.

Tais “fantasmas” são desprovidos de consciência, não têm bons impulsos, tendem para a desintegração e, consequentemente, só podem trabalhar para o mal, seja que os vejamos como prolongando sua vitalidade vampirizando nas sessões, ou poluindo o médium e os freqüentadores com conexões astrais de um tipo completamente indesejável.

Um cascão vitalizado pode também comunicar-se por intermédio de um médium. Conforme vimos, ele consiste num cadáver astral animado por um elemental artificial. Constitui, obviamente, uma fonte de grande perigo para as sessões espíritas.

Suicidas, sombras e cascões vitalizados, sendo vampiros menores, sugam a vitalidade dos seres humanos que podem influenciar. Daí tanto o médium como os freqüentadores se sentirem, com freqüência, fracos e exaustos após uma sessão física.

E o uso de sombras e cascões, nas sessões, que faz com que se tornem mescladas de esterilidade intelectual tantas comunicações espíritas. Sua intelectualidade aparente só apresentará reproduções; a marca da não-originalidade estará presente, não havendo sinais de pensamento novo e independente.

Muitos dos fenômenos de sessões espíritas são claramente mais atribuíveis racionalmente a astuciosas fantasias de forças subumanas do que a atos de “espíritos”que, enquanto no corpo, certamente seriam incapazes de tais insanidades.

O ego do médium. Se o médium é puro, lutando ansiosamente pela luz, tal aspiração chega a pô-lo em contato com sua natureza superior e descer a luz da corrente superior, que ilumina a consciência inferior. Então a mente, inferior fica, nessa ocasião, única com a mente superior, e transmite tanto conhecimento da mente superior quanto a outra tiver capacidade de reter. Assim, algumas comunicações através de um médium podem vir do próprio ego superior desse médium.

A classe de entidade atraída para as sessões depende, como é natural, e muito, do tipo do médium.

Médiuns de tipo inferior inevitavelmente atraem visitantes eminentemente indesejáveis, cuja vitalidade, que esmorece, é revigorada nas sessões espíritas. E isso não é tudo: se em tais sessões estiver presente um homem, ou uma mulher, cujo desenvolvimento também seja baixo, o fantasma será atraído para essa pessoa e pode apegar-se a ela, instalando assim correntes entre o corpo astral da pessoa viva e o corpo astral moribundo da pessoa morta, o que vem a ter resultados deploráveis.

Um Nirmanakaya é alguém que se aperfeiçoou, que pôs de parte seu corpo físico, mas reteve outros princípios inferiores, permanecendo em contato com a terra apenas para ajudar a evolução da humanidade. Essas grandes entidades podem – e algumas vezes o fazem – comunicar-se através de um médium, mas só se este último for de natureza pura e elevada. Isso, porém, só se dá raramente.

A não ser que um homem tenha ampla experiência de mediunidade, achará difícil acreditar quantas são as pessoas comuns, no plano astral, que ardem no desejo de se apresentarem como grandes mestres do mundo. Habitualmente, são honestos em suas intenções e pensam realmente que têm ensinamentos a dar para a salvação do mundo. Tendo compreendido a inutilidade dos objetos meramente mundanos, sentem – e nisso estão bastante certos – que se pudessem influir na humanidade com suas próprias idéias, o mundo inteiro se tornaria imediatamente um lugar muito diferente.

Lisonjeando o médium com a idéia de que ele é o único medianeiro para algum ensinamento transcendente e exclusivo, e tendo recusado modestamente qualquer grandeza para si próprio, uma dessas entidades comunicadoras é tomada muitas vezes por um arcanjo, no mínimo, ou ainda por alguma manifestação mais direta da Deidade, entre os freqüentadores das sessões. Infelizmente, contudo, essa entidade esquece, sempre, que quando estava viva, no mundo físico, outras pessoas faziam comunicações similares através de vários médiuns, e que então ela não dava a essas pessoas a menor atenção. Não compreende que outros também ainda engolfados nos assuntos do mundo não lhe dão maior atenção e não se deixarão impressionar pelas suas declarações.

Às vezes, tais entidades assumem alguns nomes notáveis, como o de George Washington, Júlio César ou o Arcanjo Miguel, pelo motivo de que seus ensinamentos terão mais oportunidade de ser aceitos do que se viessem de um simples João da Silva ou Tomás dos Santos.

Em alguns poucos casos, os membros da loja dos ocultistas que originou o movimento espírita ( conforme ficou dito atrás ) têm dado ensinamentos valiosos sobre assuntos de profundo interesse, através de um médium. Mas isso tem acontecido em sessões de família, estritamente particulares, jamais em realizações públicas.

Na obra A voz do Silêncio exorta-se, sabiamente:

“Não busques teu Guru nessas regiões mayávicas”.

Nenhum ensinamento vindo de preceptor autoproclamado do plano astral deve ser cegamente aceito: todas as comunicações e conselhos que dali vêm devem ser recebidos exatamente como se recebem conselhos similares provenientes do mundo físico. Os ensinamentos devem ser tomados pelo que valem, depois de examinados pela consciência e pelo intelecto.

Um homem não é mais infalível porque lhe acontece estar morto do que o era quando fisicamente vivo. Ele pode passar muitos anos no plano astral e ainda assim não saber mais do que quando deixou o plano físico. De acordo com isso, não devemos dar mais importância às comunicações vindas do mundo astral, ou de qualquer plano mais elevado, do que daríamos a uma sugestão feita no plano físico.

Um “espírito” que se manifesta é, quase sempre, exatamente o que diz ser; muitas vezes, também quase sempre, não é nada daquilo que diz ser. Para o freqüentador comum não há meio de distinguir o verdadeiro do falso, já que os recursos do plano astral podem ser usados para iludir pessoas do plano físico, numa tal extensão que não pode ter confiança nem mesmo nas provas que parecem mais convincentes.

Nem por um momento estamos negando que comunicações importantes têm sido feitas em sessões, por entidades autênticas, mas o que dizemos é ser praticamente impossível para um freqüentador comum ter bastante certeza de que não está sendo enganado em meia dúzia de maneiras diferentes.

Do que ficou dito acima veremos como são variadas as fontes através das quais as comunicações vindas do mundo astral podem ser recebidas. Conforme disse H. P. Blavatsky:

“A variedade das causas dos fenômenos é grande, e precisamos ser um ser elevado e realmente olhar para elas, examinar o que transpira, a fim de estarmos em condições de explicar cada caso quanto ao que ele traz subjacente”.

Completando o que foi citado, podemos dizer que o que a pessoa mediana pode fazer no plano astral, depois da morte, também pode fazer na vida física: comunicações podem ser obtidas mais facilmente através da escrita, em transe, ou utilizando os poderes desenvolvidos e treinados do corpo astral de pessoas, portadoras ou não de um corpo. Seria portanto mais prudente desenvolver dentro de si próprio os poderes da própria alma, em lugar de mergulhar com ignorância em experimentos perigosos. Dessa maneira o conhecimento pode ser seguramente acumulado e a evolução acelerada. O homem deve aprender que a morte não tem real poder sobre ele: a chave do cárcere do corpo está em sua próprias mãos e ele pode aprender a usa-la, se assim o quiser.

Pesando cuidadosamente todas as evidências disponíveis, tanto a favor como contra o espiritismo, pareceria que, se empregado com cuidado e discreção, ele pode ser justificável, simplesmente para romper o materialismo. Desde que tal propósito é obtido, seu uso parece demasiado carregado de perigos, tanto para os vivos como para os mortos, para que se torne aconselhável, como regra geral, embora em casos excepcionais possa ser praticado com segurança e benefício.

Uma canalização espiritual ou mensagem canalizada é um processo de comunicação energético-espiritual consciente com seres de luz de outros planos, mundos e universos multidimensionais

A apometria é um conjunto de práticas de tratamento espiritual. Segundo seus praticantes, a técnica consiste no transporte do “corpo astral” do enfermo para hospitais no plano astral, onde espíritos realizariam o tratamento.

A umbanda surgiu nos subúrbios do Rio de Janeiro.

Em 15 de novembro de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, nascido em São Gonçalo/RJ, teria incorporado o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Este espírito o teria ajudado a criar a Umbanda.

Suas crenças misturam elementos do candomblé, do espiritismo e do catolicismo.

Candomblé é uma religião afro-americana que se desenvolveu no Brasil durante o século XIX. Surgiu através de um processo de sincretismo entre várias das religiões tradicionais da África Ocidental, especialmente as de iorubá, banta e bês. Há também alguma influência da forma católica romana de cristianismo.