Enumerar e descrever cada tipo de entidade astral seria tarefa tão formidável como a de enumerar e descrever cada tipo de entidade física. Tudo quanto podemos tentar aqui é tabular as classes principais e dar uma breve descrição de cada uma delas.

HumanasNão-humanasArtificiais
Fisicamente vivasFisicamente mortas  
1. Pessoa comum1. Pessoa comum1.Essência elemental1. Elementais formados inconscientemente
2.Psíquicos2. Sombras2. Corpo astral de animais2. Elementais formados conscientemente
3. Mago branco ou seu discípulo3. Cascão3. Espíritos da natureza3. Artificiais humanos
4. Mago negro ou seu discípulo4.Cascão Vitalizado4. Devas/ Anjos 
 5..Discípulo aguardando reencarnação5. Suicidas e vítimas de morte súbita 
 6. NirmanakayaVampiros e similares 

A fim de se fazer a classificação bastante completa, é necessário dizer que, além das entidades apresentadas, seres muito elevados vindos de outros planetas do sistema solar e visitantes vindos de distância ainda maior aparecem ocasionalmente, mas embora seja possível, tornar-se quase inconcebível que tais Seres cheguem a se manifestar num plano tão baixo como o astral. Se quisessem fazê-lo, criariam um corpo temporário de matéria astral deste planeta.

Entidades Astrais: Humanas

(a) Fisicamente vivos

1. A pessoa comum. – Essa classe consiste em pessoas cujos corpos físicos estão adormecidos e que flutuam pelo plano astral, em vários graus de consciência.

2. O psíquico. – A pessoa psiquicamente desenvolvida estará, de hábito, perfeitamente consciente quando fora do corpo físico, mas por falta de um treinamento apropriado será talvez vítima de enganos quanto ao que vê. Com freqüência poderá percorrer todos os subplanos astrais, mas às vezes é especialmente atraída por um deles e raramente passa para além da influência desse plano. Suas recordações do que viu podem naturalmente variar entre perfeita nitidez, máxima distorção, aparecerá sempre em seu corpo astral, já que não sabe como funcionar em seu veículo mental.

3. Mago Branco e Seus discípulos. – Esta classe não emprega habitualmente o corpo astral, e sim o corpo mental, que é composto da matéria dos quatro níveis inferiores do plano mental. A vantagem deste veiculo é permitir ainda o uso, em todas as ocasiões, do poder maior e maior agudeza dos sentidos de seu próprio plano.

Não sendo o corpo mental perceptível à visão astral, o discípulo que nele trabalha aprende a reunir em torno de si um véu temporário de matéria astral, quando deseja tornar-se visível para entidades astrais. Tal veículo, embora seja na aparência uma exata reprodução do homem, não contém nada da matéria de seu próprio corpo astral, mas corresponde a ele da mesma forma pela qual a materialização corresponde a um corpo físico.

Num estágio mais precoce de desenvolvimento, o discípulo pode ser encontrado funcionando em seu corpo astral como qualquer outro; mas, seja qual for o veículo que esteja empregando, um discípulo, sob a orientação de um Mestre competente, está sempre inteiramente consciente e pode funcionar facilmente em todos os subplanos.

4. O mago negro e seus discípulos. – Esta classe corresponde, mais ou menos, à do Mago Branco e Seus discípulos, a não ser que o desenvolvimento foi para o mal e não para o bem, ou os poderes adquiridos sejam usados para propósitos egoísticos e não para fins altruísticos. Entre esta categoria inferior estão os que praticam os ritos das escolas de Obi e Vudu e dos curandeiros das várias tribos. De intelecto superior, e por isso mesmo mais censuráveis, são os magos negros tibetanos e alguns outros de outras linhagens.

5. O Discípulo à espera da reencarnação – Esta também é, presentemente, uma classe rara. Um discípulo que resolveu não passar para o mundo celestial, mas continuar a trabalhar no plano físico, tem, às vezes, com a permissão apenas de uma autoridade muito alta, possibilidade de fazê-lo, sendo arranjada uma reencarnação adequada para ele. Mesmo quando tal permissão é recebida, diz-se que o discípulo deve manter-se estritamente no plano astral enquanto a matéria está sendo arranjada, porque, se tocar no plano mental, mesmo por um momento que seja, pode ser arrastado por uma corrente irresistível, novamente, para a linha da evolução normal, e passar assim para o mundo celestial.

Ocasionalmente, embora raramente, o discípulo pode ser colocado diretamente num corpo adulto, cujo ocupante anterior não mais o usa. Mas só raramente há a disponibilidade de um corpo adequado, isso recebe o nome de Tulku que é retratado parcialmente no filme Pequeno Buda.

Entretanto, o discípulo fica, naturalmente, com a consciência integral do plano astral e preparado para seguir adiante com o seu trabalho e, ainda com maior eficácia do que quando embaraçado pelo corpo físico.

6. Os Nirmanakayas. – É realmente muito raro isto de um ser tão elevado como um Nirmanakaya manifestar-se no plano astral. Um Nirmanakaya é aquele que, tendo conquistado o direito de repouso, durante infinitas eras, ainda assim escolheu permanecer em contato com a terra, suspenso, por assim dizer, entre este mundo e o Nirvana, a fim de gerar correntes de força espiritual que possam ser empregadas no auxílio à evolução. Se ele desejar aparecer no plano astral, criará sem dúvida, para seu uso, um corpo astral temporário, usando a matéria do plano. Isto é possível porque o Nirmanakaya retém seu corpo causal, e também os átomos permanentes que trouxe consigo durante a sua evolução, de forma que a qualquer momento ele pode materializar em derredor de si os corpos mental, astral ou físico, se assim o desejar

 (b) Fisicamente mortos

1. A pessoa comum depois da morte. – Esta classe, obviamente muito grande, consiste em todos os níveis de pessoas, em diversas condições de consciência.

2. A Sombra. –Quando a vida astral da pessoa termina, ela morre no plano astral e deixa seu corpo astral em desintegração, precisamente como, quando morre fisicamente, deixa seu cadáver físico que se deteriora.

Na maioria dos casos, o ego superior não pode retirar desses princípios inferiores o todo de seu principio mental; consequentemente, uma porção da matéria mental permanece consiste nos tipos mais grosseiros de cada subplano, que o corpo astral conseguiu arrancar do corpo mental.

Esse cadáver astral, conhecido como Sombra, é uma entidade que de forma alguma é o individuo real. Não obstante, guarda sua aparência exata, possui a sua memória, e todas as suas pequenas idiossincrasias. Pode, portanto, ser tomado por ele, como de fato acontece, com freqüência, nas sessões espíritas. A Sombra não é consciente de qualquer ato de impersonalizacão, porque, enquanto se refere ao intelecto, deve necessariamente supor que é o individuo. Na realidade, é apenas um feixe sem alma de suas qualidades inferiores.

A duração da vida de uma sombra varia de acordo com a quantidade de matéria mental inferior que a anima, mas tal matéria vai-se esgotando, seu intelecto diminui em quantidade, embora possa possuir uma grande dose de certa espécie de astúcia animal. E mesmo quase até o fim de sua carreira é capaz de comunicar, retirando do médium uma inteligência temporária. Por sua própria natureza, está vastamente exposta a oscilar entre toda a espécie de más influências e, estando separada de seu eu superior, nada tem em sua constituição para responder às boas influências. Portanto, deixar-se usar para vários fins de tipo inferior da espécie mais baixa de magos negros. A matéria mental que ela possui desintegra-se gradualmente e retorna para a matéria geral de seu próprio plano.