Da mesma forma que a matéria correspondente ao Plano Físico tem como objetivo proporcionar a matéria que integra as formas e constitui os corpos para os distintos Reinos da Natureza,

a Região Etérica, serve como meio de transmissão ou rede de canais pelos quais circulam as energias que animam as formas anteriores, e as dotam de mobilidade e crescimento;

a matéria do Plano Astral atua como transmissora e receptora dos impulsos que ocasionam o movimento, e permitem o sentimento, a percepção do prazer e dor, do agrado e do desagrado.

As Hierarquias Criadoras (Há várias doutrinas e sistemas que versam sobre as hierarquias espirituais. Cada sistema ou doutrina tem uma concepção própria, de acordo com a tradição a que estão ligados.

  Em teosofia que adota a doutrina Brahmânica são chamadas de As Doze Hierarquias Criadoras; elas são responsáveis por toda construção do universo e evolução das forças espirituais que atuam no universo material. Elas também dirigem a evolução dos irmãos menores na senda espiritual. Elas são associadas aos 12 signos do Zodiaco.) e os Devas (Devas são deuses regentes da natureza no Hinduísmo. O nome deriva da raiz sânscrita div, que significa resplandecente, brilhante, aludido à sua aparência luminosa. Como adjetivo significa algo divino, celeste, glorioso. São liderados por Indra, deus do céu e rei dos deuses. No budismo, é um dos diferentes tipos de seres não-humanos. São mais poderosos, vivem mais e, no geral, têm uma existência mais satisfeita que a média dos seres humanos. Sinônimos em outras línguas incluem o tibetano lha, o chinês tiān, o coreano cheon e o japonês tem. Para o catolicismo poderiam ser a Hirarquia Angelical composta de 9 níveis que inicia nos Serafins e termina nos Anjos) atuam neste Plano e no Mental, e suas forças dinamizantes, transmitidas pela matéria Astral, operam sobre os seres vivos, e os impulsionam a movimento e ação, a procura de novas sensações, a realização dos prazeres e a fuga do desagradável, facultando o desenvolvimento da experiência, da aprendizagem e o preparo do terreno para o cultivo da inteligência.

Assim, os sentimentos, os desejos, as aspirações, todo o tipo de emoção, assume uma forma própria neste nível de matéria, dotada de uma duração mais ou menos ampla em função da intensidade com que foi originada e emitida, impulsionada a este processo pela vitalidade recebida, da Essência Elemental, e presidida em seu desenvolvimento pelos Espíritos da Natureza próprios deste nível, e os Devas que os supervisionam.

– Características da Matéria Astral

Igual ao que ocorre em todos os níveis, no Astral existem sete Sub níveis de diferentes densidades.

A matéria Astral interpenetra a Física, ocasionando que cada átomo físico flutue em uma atmosfera de matéria Astral que o envolve e ocupa todos os interstícios. Da mesma forma que a matéria Etérica passa através da matéria densa, de igual maneira a matéria Astral interpenetra a Etérica.

Os estudiosos do Esoterismo chegaram a especular com a possibilidade de que exista uma correlação entre os Átomos Astrais e as atuais partículas que a ciência vem descobrindo menores que os eletrons.

Os Átomos Físicos manifestam uma dupla polaridade. Nos positivos, a força que procede do nível Astral, o atravessa para chegar ao nível Físico; já, nos negativos, a força procede do nível Físico, e vai perder-se ao nível Astral. A densidade da matéria Astral se encontra em direta correlação com a da matéria física que interpenetra, desta forma, a matéria sólida se encontra interpenetrada pela matéria Astral do primeiro Sub plano, Solido. A liquida, por matéria Astral do segundo Sub plano, e assim progressivamente.

Todo objeto físico possui matéria Astral de grau correspondente, que atua como uma contraparte a esse nível, se bem que não existe uma correlação direta entre as partículas do objeto físico, e as de sua contraparte Astral, que se encontram em continuo movimento.

Nos seres vivos esta contraparte se destrói por desagregação trazendo a morte física do ser. No caso dos objetos inanimados, a contraparte se destrói quando se destrói o objeto físico.

A este nível a matéria muda de forma continuamente por ocasião dos impulsos emotivos dos seres vivos, e pela Essência Elemental correspondente a este Plano, que produz as formas mais diversas ininterruptamente, em uma corrente incessante.

O estado desta matéria não é

 sólido, senão que fluido, estando suas partículas mais separadas que as gasosas ou Etéricas. Esta condição permite que os corpos existentes a este nível possam facilmente interpenetrar-se sem nenhuma repercussão apreciável, sendo que se essa situação se prolongar, poderia produzir-se um intercâmbio de partículas e, por conseguinte, uma influencia recíproca. Este estado fluídico torna possível que um objeto puramente Astral passa ser movido por um ser Astral, mas não a contraparte Astral de um objeto Físico, já que esta se encontra unida indissoluvelmente e ele.

O tato transmite o ritmo vibratório dos objetos, mediante sensações agradáveis ou desagradáveis.

A luz solar no Plano Astral produz um efeito muito diferente que no Físico. Existe nele uma luminosidade difusa que não procede de nenhuma direção determinada, sendo a própria matéria Astral luminosa por si não existindo nesse nível a escuridão, as sombras, e não sendo afetada pelas condições atmosféricas mas afetando-as.

No Astral existem fortes correntes que podem arrastar a quem se coloque a seu alcance e não saiba como contrarresta-las.

A visão neste nível é muito diferente da física, já que cada objeto é percebido por todos seus lados de uma vez, inclusive seu interior e exterior. Igualmente podem contemplar-se as partículas que compõem a atmosfera, as auras dos seres, e os quatro Sub níveis da Matéria Etérica, além das cores ultravioleta, infravermelho e todas quanto atuam como complementares das cores ordinárias a que nossa visão comum tem acesso.

Em um objeto material qualquer, a visão Astral expõe: toda possível perspectiva, a vibração das partículas físicas que a compõem, a contraparte Astral em continuo movimento, a circulação do Prana/Chi em seu interior e emanando dele, a aura do objeto e a Essência Elemental que a impregna, sempre ativa e flutuante.

Videncia

Desde o nível atômico de Plano Astral se tem uma percepção dos Registros Akásicos (São uma espécie de “biblioteca”, ou melhor, dizendo um registro, um compêndio de todos os eventos, pensamentos, palavras, emoções e intenções universais que já ocorreram no passado, presente ou futuro em termos de todas as entidades e formas de vida, não apenas humanas. Essa ideia tem raízes em diversas tradições místicas e espirituais ao longo da história.)  radicados no mais elevado Sub plano do Plano Mental Concreto, mas refletidos aqui de maneira imperfeita e esporádica. E ai onde os videntes e similares buscam, de acordo com sua evolução e capacidade, as informações que passam as pessoas.

– Os sub níveis dentro do Plano Astral

Tornou-se habitual falar-se desses sete níveis como sendo arranjados uns sobre os outros, ficando o mais denso na base e o mais fino no topo. Em muitos diagramas eles são realmente desenhados dessa maneira.

Sabemos que no estado Astral, a matéria apresenta sete Sub níveis ou frequencis que dão lugar, cada um deles, a um Sub plano de desenvolvimento e experiência. A ordem de disposição no espaço destes Subplanos é um pouco difícil de ser descrita. Basicamente todos eles ocupam um mesmo lugar, interpenetrando-se uns nos outros, sem impecilhos, sua extensão relativa, o raio de sua esfera, varia de uns a outros, sendo mais extensos nos mais sutis, todo ele se produz de forma similar a como, na Plano Físico, os líquidos interpenetrando a alguns sólidos, que por sua vez são interpenetrados por gazes, e estes pelo Éter; estando a matéria densa no centro, a liquida ao redor, e a gasosa que constitui a atmosfera, na periferia, sendo que a matéria Plasmática se estende além da globo terrestre.

Correlativamente e seguindo a correspondência, a matéria Astral mais densa, correspondente ao primeiro Sub plano, interpenetra a matéria Densa, e ocupa basicamente seu mesmo espaço, estando igualmente sujeita a Lei da Gravidade, e, inclusive aprofundando-se abaixo da superfície da capa densa do globo, sendo por isso que existe todo um Sub plano da existência que em grande parte é subterrâneo. Que seria o Inferno descrito por Dante

A matéria do segundo sub plano a Astral liquida, coincide com a superfície terrestre, sendo que se estende um pouco acima, corresponderia ao purgatório de Dante. O terceiro se alarga até coincidir com os limites aproximados da atmosfera. Daqui para frente corresponderia ao Paraiso de Dante. O quinto se dilata há muitos quilômetros além, e o ultimo sub plano ou Atômico, estende-se, aproximadamente, até a metade da distância que nos separa da Lua, em cujo ponto as auras astrais de ambos os corpos celestes coincidem quando do perigeu (Ponto de maior proximidade entre a Terra e a Lua), mas não no apogeu (Ponto de maior distancia entre eles). (Nota: A Terra e a Lua estão a uma distância de aproximadamente 444 000 quilômetros.) Dai o nome que os gregos davam ao plano astral: o Mundo Sublunar. A informação acima esclarece a importância da Lua e sua influencia no que diz respeito as artes magicas entre outras coisas.

As sete subdivisões entram, naturalmente, em três grupos:

(a)     a primeira, ou a mais baixa;

(b)    a segunda, a terceira e a quarta;

(c)     a quinta, a sexta e a sétima.

A diferença entre os membros de um grupo pode ser comparada á que existe entre dois sólidos, por exemplo, aço e areia, e a diferença entre os grupos pode ser comparada á que existe entre um sólido e um líquido.

O sub plano 1 tem o mundo físico como seu ambiente, embora apenas uma visão parcial e destorcida dele possa ser vista, já que tudo quanto é luminoso, bom e belo parece invisível. No Papiro Ani, mais conhecido como Livro dos Mortos do Egito, o escriba Ani descreveu-o assim:

“Que tipo de lugar é esse ao qual cheguei? Não tem água, não tem ar, é profundo, insondável, mais negro da que a mais negra noite, e os homens perambulam, desamparadamente, por ele. Neste lugar um homem não pode viver com a coração tranqüilo.”

Os Livros dos Mortos tendem a organizar os Capítulos em quatro seções:

    Capítulos 1–16: O falecido entra na tumba e desce ao submundo, e o corpo recupera seus poderes de movimento e fala.

    Capítulos 17–63: Explicação da origem mítica dos deuses e lugares. O falecido é feito reviver para que ressurja, renascido, com o sol da manhã.

    Capítulos 64–129: O falecido viaja pelo céu na barca do sol como um dos mortos abençoados. À noite, o falecido viaja para o submundo para comparecer perante Osíris.

    Capítulos 130–189: Tendo sido justificado, o falecido assume o poder no universo como um dos deuses. Esta seção também inclui vários capítulos sobre amuletos de proteção, provisão de alimentos e lugares importantes

Para o ser que está naquele nível, é verdade realmente que “toda a terra está cheia de escuridão e de moradias cruéis”, mas é uma escuridão que irradia dele próprio e leva-o a passar sua existência em noite perpétua de mal e horror – um inferno muita real, embora, como todos os outros infernos, seja inteiramente uma criação do homem.

A maioria dos ocultistas considera a pesquisa nessa seção como tarefa extremamente desagradável, pois ali parece haver uma sensação de densidade e de grosseiro materialismo, que é indescritivelmente repulsivo para o corpo astral liberado, dando a impressão de que o caminho é feito, forçadamente, através de um fluido negro, viscoso, enquanto os habitantes e as influências ali encontradas também se mostram inexcedivelmente indesejáveis.

O homem comum, pouco encontraria para se deter, provavelmente, no primeiro sub plano, sendo os alcoólatras, os sensuais, os criminosos violentos e outros assim, as únicas pessoas que acordam normalmente naquele sub plano, pois são aquelas tomadas de desejos grosseiros e brutais.

O sub plano 2 têm por ambiente o mundo físico com o qual estamos familiarizados. A vida no número 2 é com a vida física habitual, com o corpo e suas necessidades a menos. O números 3 e 4 são menos materiais e mais afastados do mundo inferior e seu interesses.

Como acontece com o físico, a matéria astral mais densa é densa demais para as formas habituais da vida astral, mas nesse mundo moram outras formas de lhe são próprias e inteiramente desconhecidas dos habitantes da superfície.

Os sub planos 3 e 4 são as associações meramente terrenas vão-se tornando cada vez menos importantes e as pessoas que ali estão tendem, sempre mais e mais, a modelar seu meio ambiente em concordância com os seus pensamento/emoções mais persistentes.

Os Sub planos 5, 6 e 7, embora ocupando o mesmo espaço, dão a impressão de estarem muito distantes do mundo físico e, por conseguinte, menos materiais. Nesses níveis as entidades perdem de vista a terra e seus assuntos. Ficam habitualmente, profundamente absorvidas em si mesmas e criam, em grande parte, seu próprio ambiente, embora este seja suficientemente objetivo para ser percebido por outras entidades

Assim, estão pouco alertas para as realidades do plano, mas vivem em cidades imaginadas por elas próprias, em parte criando-as com seus pensamentos, em parte herdando e acrescentando algo ás estruturas criadas pêlos seus predecessores.

Ali se encontram as felizes regiões de caça dos Pele Vermelha, o Valhalla dos nórdicos, o paraíso repleto de huris (São, de acordo com o islamismo, virgens prometidas aos homens islâmicos bem-aventurados, isto é, seres antropomórficos perfeitos com quem, como gratidão por suas boas ações em terra, os homens serão premiados no paraíso) dos muçulmanos, a estrada de ouro de pedras preciosas da Nova Jerusalém dos cristãos, o céu cheio de escolas do reformador materialista. Ali também está a “Terra de Verão” dos espíritas, na qual existem casas, escolas, cidades etc., que, bastante reais como se mostram nessa ocasião, tornam-se para uma percepção mais clara, deploravelmente diferentes daquilo que seus criadores imaginam que sejam. Apesar disso, muitas das criações mostram-se de um beleza real, embora temporária, e um visitante que não conhecesse nada mais alto poderia perambular alegremente pelo cenário natural arranjado, que, seja como for, é muito superior a tudo que existe no mundo físico. Ou talvez esse visitante preferisse construir seu cenário de acordo com a sua própria fantasia.

O quinto sub plano é apropriado especialmente para os que durante a vida na terra, dedicaram-se a trabalhos materialistas, mas intelectuais, fazendo-o não para ajudar seus semelhantes, mas por ambição egoísta ou simplesmente por amor do exercício intelectual. Tais pessoas podem permanecer nesse subplano por muitos anos, felizes por desenvolver seus problemas intelectuais, mas sem fazer bem a ninguém e tendo pequeno progresso em seu caminho para o mundo celestial.

O sexto sub plano é a morada, especialmente, do beato egoísta e nada espiritual. Ali ele usa sua coroa de ouro e cultua sua própria representação, grosseiramente material, da deidade particular de seu pais, na ocasião.

No último, o sub plano atômico, os homens não constroem para si próprios concepções imaginárias, como fazem nos planos inferiores. Pensadores e homens de ciência muitas vezes utilizam, para fins de seus estudos, quase todos os poderes do plano astral por inteiro, já que podem descer quase até o físico, dentro de certos limites. Assim, podem descer rapidamente sobre a contraparte astral de um livro físico, e extrair dela a informação desejada. Com facilidade entram em contato com a mente de um autor, gravam nela as suas idéias e, em troca, recebem as dele. As vezes retardam seriamente sua partida para o mundo celestial, pela avidez com que seguem as linhas de um estudo e de uma experiência, no plano astral. Embora falemos da matéria astral como sólida, ela nunca o é, realmente, mostrando-se apenas relativamente sólida. Os alquimistas medievais simbolizam a matéria astral pela água, por causa da sua fluidez e penetrabilidade. As partículas na matéria astral mais densa ficam bem separadas, relativamente ao seu tamanho, mais do que mesmo as partículas gasosas. Daí ser mais fácil para dois corpos da mais densa matéria astral passarem um Pelo outro, do que seria para o mais leve gás o difundir-se no a