2 – A Calunia
Esse é um costume de pessoas com mente fútil. Quase toda as pessoas são vitimas dessa imperfeição. A calunia se transformou num hábito enraizado de pessoas mesquinhas e nocivas.
A causa raiz da calunia é a ignorância ou o ciúme. O caluniador quer arrasar ou destruir a pessoa que é prospera por meio de difamação, de falsas acusações, etc. Não existe outro empenho para um caluniador se não o de alimentar escândalos. Ele vive da maledicência. Ele sente prazer em difamar e caluniar os outros. Os difamadores são uma ameaça para a sociedade. Os companheiros da calunia são a falsidade, a desonestidade, a astucia, a chicana, as evasivas, os truques e os artifícios. Um caluniador nunca pode ter uma mente calma, tranquila. Sua mente esta sempre planejando ou urdindo, em direções erradas. Um praticante deverá estar completamente livre desse vício. Deverá andar sozinho, viver sozinho, comer sozinho, e meditar sozinho. Se um homem que não removeu o ciúme, a calunia, a cólera, o orgulho e o egoísmo disser que “eu estou meditando 6 horas por dia”, isso será tolice. Não há forma de obter um animo meditativo mesmo por seis minutos, a não ser que o homem remova todas as coisas e purifique em primeiro lugar a sua mente, prestando serviços desinteressados durante algum tempo.
3 – A Depressão
Devido aos efeitos das tendências inatas, remanescentes de alguma propensão instintiva, que exercem influência sobre a constituição, as decisões e a natureza de cada pessoa (Samskaras), à influência de entidades astrais, de espíritos maus, de má companhia, de dias nublados, à indisposição estomacal (indigestão) e à prisão de ventre, muitas vezes os praticantes são presas da depressão. Trata da causa. Remova a causa. Não permita que a depressão domine você. Faça uma longa caminhada em passo ligeiro, corra ao ar livre ouça musicas alegres. Ande ao longo da margem de um rio ou na praia. Se souber, toque um instrumento. Mantenha pensamentos alegres e dê boas risadas. Se for necessário tome um purgante e uma dose de qualquer mistura contra gases intestinais.
Faça algumas respirações. Beba um copo pequeno de suco de laranja, chá ou café. Leia algumas obras de conteúdo.
Quando a depressão aborrecer você, a mente se revoltará. Os sentidos se divertirão às suas custas. Os desejos sutis decorrentes afluirão à superfície da mente e o atormentarão. Pensamentos sensuais agitarão a mente e tentarão esmagar você. Mantenha-se inflexível. Enfrente esses embates passageiros, mantendo a mente impassível. Não se identifique com esses obstáculos. Aumente o seu período de meditação. Fortaleça o desinteresse e também o discernimento. Todos esses obstáculos passarão como passa uma nuvem. Com a remoção de todos os aborrecimentos. O aperfeiçoamento será conhecido por você. Haverá mudança na mente, o modo de falar e em todas as suas ações.
4 – A Dúvida (Samsaya)
Um praticante pode começar a duvidar da existência do Eu Superior, se conseguirá ou não compreendê-lo, se está ou não fazendo corretamente seus exercícios. A carência de fé é um obstáculo perigoso no caminho espiritual. Quando aparecem essas dúvidas, o praticante arrefece os seus esforços. A Ilusão é muito poderosa. Ela atua através da dúvida e do esquecimento. A mente é Ilusão. A mente embaraça as pessoas através da dúvida. Às vezes, uma pessoa desiste completamente da pratica. Isso é um erro grave. Cada vez que a dúvida quiser dominar um praticante, ele deve imediatamente recorrer à companhia dos instrutores e permanecer por algum tempo sob a influência de suas emergias. Deverá esclarecer suas dúvida conversando com eles. Com freqüência um praticante inicia sua pratica com a expectativa de obter tantos Siddhis (poderes psíquicos) em pouco tempo! Como não consegue isso, ele desanima e para com sua prática. Na maioria dos casos, é esse o aborrecimento. Ele pensa que a Kundalini será despertada em seis meses e que terá clarividência, clariaudiência, que saberá ler os pensamentos, que saberá voar pelo ar, etc. Ele mantém tantas idéias fantásticas e esquisitas!
Há vários tipos de impurezas na mente. Leva muito tempo para purificá-la e obter uma concentração num tema só. A concentração é uma questão de prática, durante muitas encarnações. Não deveríamos desanimar depois de praticar alguns meses, um ano ou dois. Até mesmo se você praticar pouco, o efeito existe. Nada se perde. Essa é a lei imutável da Natureza. Será capaz de não perceber o pequeno aperfeiçoamento que resultará da pouca prática que fizer, uma vez que não tem um intelecto sutil e puro. Você precisa desenvolver as virtudes: o desinteresse, a paciência, e a perseverança até o mais alto grau. Você precisa ter a convicção inabalável na existência do Eu Superior e na eficácia das práticas espirituais.
As dúvidas são de três espécies: Duvida do Sentimentos, Duvida dos Pensamentos e pensamento errôneo de que o Eu superior é o corpo, e o mundo é uma realidade concreta (Vipareeta Bhavana).
A dúvida ou incerteza é o grande obstáculo no caminho da compreensão do Eu Superior. Ela impede o progresso espiritual. Precisa ser eliminada pelo estudo de obras adequadas. Por pesquisas sobre a natureza divina e pelo raciocínio. Ela levantará sua cabeça repetidas vezes para desencaminhar o praticante. Deverá ser destruída, sem possibilidade de ressurgimento, através da certeza, da convicção e da fé firme, inabalável, baseada no raciocínio.
A dúvida é o seu grande inimigo. Ela causa intranqüilidade na mente. Destrua todas as dúvidas através do estudo sobre a natureza divina e da Sabedoria.
Não se preocupe com as dúvidas. Não há fim para elas. Purifique o seu coração. Continue vigorosamente com os processos purificadores assim com a meditação. Medite regularmente. As dúvidas se esclarecerão por si mesmas, de maneira misteriosa.
5 – Os Sonhos
Alguns praticantes ficam muito perturbados com uma grande quantidade de sonhos fantásticos. Às vezes, existe uma mistura de meditação com os sonhos. Como o fenômeno dos sonhos é muito peculiar, é muito difícil controlá-los a não ser que você limpe totalmente todas impressões no corpo causal (Karana Sahrira) e controle todos os pensamentos. Os sonhos diminuirão à medida que você cresce em pureza, em DISCERNIMENTO (Viveka) e na concentração.
A presença dos sonhos significa que você ainda não está bem assentado na meditação profunda, que ainda não removeu a divagação da mente (Vikshepa) e que ainda não fez praticas constantes e intensas.
6 – Os Pensamentos Desarmônicos
Suponha que os pensamentos desarmônicos permaneçam na sua mente durante vinte e quatro horas e reapareçam a cada terceiro dia. Se você puder fazer com que eles permaneçam apenas por dez horas e reapareçam uma vez por semana, através da prática diária da concentração e da meditação, isso decididamente será uma melhoria.
Se você continuar com sua prática, o período da permanência deles e do seu reaparecimento diminuirão gradualmente. Finalmente desaparecerão. Compare o seu estado presente com o do ano que passou. Será capaz de descobrir seu progresso. No início, esse progresso será lento. Será difícil você avaliar seu crescimento e seu progresso.
Algumas vezes, a sua mente se sobressaltará quando pensamentos desarmônicos penetrarem nela. Isso é um sinal do seu progresso espiritual. Você está evoluindo espiritualmente. Você ficará muito atormentado ao pensar nas ações desarmônicas que cometeu no passado. Isso também é um sinal de sua elevação espiritual. Não repetirá essas mesmas ações. Sua mente estremecerá. Seu corpo se agitará, cada vez que uma Samskara desarmônica de alguma ação desarmônica quiser levá-lo a praticar novamente esse ato por causa da força do hábito. Continue com seriedade e vigor a sua meditação. Todas as recordações das ações desarmônicas, dos pensamentos desarmônicos, morrerão por si mesmos. Você se estabilizará na pureza e na paz perfeitas.
No início das praticas, toda a sorte de pensamentos desarmônicos se levantarão na sua mente, assim que se sentar para a meditação. Por que isso acontece durante a meditação, quando você tenta manter pensamentos harmônicos? Muitos praticantes deixam suas práticas espirituais por causa disso. Se você tentar enxotar um macaco, ele tentará atacá-lo por vingança. Da mesma forma, as velhas Samskaras e os velhos pensamentos desarmônicos tentarão atacar você, por vingança e com força redobrada, bastando você tentar alimentar pensamentos harmônicos. Seu inimigo insiste em resistir a você quando tenta expulsá-lo de sua casa. Na Natureza existe a lei da resistência. Os antigos pensamentos desarmônicos se afirmam e dizem: “é homem! não seja cruel. Permitiu que ficássemos na sua fábrica mental desde tempos imemoriais. Temos todo o direito de ali residir. Ajudamos você, durante todo esse tempo, a cometer suas ações desarmônicas. Por que quer nos expulsar de nossa moradia? Não desocuparemos a nossa moradia.” Não fique desencorajado. Continue com sua prática regular de meditação. Esses pensamentos desarmônicos se apagarão.
Finalmente eles perecerão. O harmônico sempre supera o desarmônico. Essa é a lei da Natureza. Os pensamentos desarmônicos não podem permanecer diante dos pensamentos harmônicos. A coragem domina o medo, a paciência vence a raiva e a irritação. A pureza domina a luxúria. O simples fato de você sentir-se mal quando um pensamento desarmônico aflora à superfície da sua mente, durante meditação, indica que está crescendo em espiritualidade. Noutros tempos você teve conscientemente toda a sorte de pensamentos desarmônicos. Deu-lhes as boas-vindas e alimentou-os. Persista na sua prática espiritual. Seja tenaz e aplicado; estará fadado a ter sucesso. Até mesmo um praticante ignorante notará em si mesmo uma mudança maravilhosa, se mantiver a prática da meditação durante dois ou três anos seguidos. Agora não pode abandonar a prática. Mesmo se interrompê-la por um dia, sentirá finalmente que perdeu alguma coisa naquele dia. Sua mente ficará inquieta.
A paixão se esconde em você. Pode perguntar por que razão fico zangado tantas vezes. A raiva nada mais é que a modificação da paixão. Quando a paixão não é satisfeita, ela assume a forma da cólera. A causa verdadeira da cólera é a paixão que não foi saciada. Ela se expressa como raiva, quando você lida com os erros dos seus criados. Esses são uma causa indireta ou o estímulo exterior para a sua manifestação. As correntes Apego e Cólera ainda não estão totalmente erradicadas. Estão apenas atenuadas ou em parte enfraquecidas. Os Indriyas ou sentidos ainda são turbulentos. Eles estão apenas um pouco dominados. Ainda restam correntes subterrâneas de Desejos Sutis e anseio pelos objetos dos sentidos. As tendências exteriorizadoras dos sentidos não estão completamente dominadas. Você ainda não é estável em Pratyahara (Abstração). As Ondas de Pensamentos (Vrittis) ainda são poderosas. Ainda não há discernimento nem moderação fortes bastantes. A aspiração pelo Eu Superior ainda não se tornou intensa. Rajas e Tamas ainda fazem estragos. Existe apenas um pequeno aumento na quantidade de Sattva. As Ondas de Pensamentos ainda não minguaram, ainda são poderosas. As virtudes positivas não foram cultivadas em grau suficiente. Essa a razão pela qual você ainda não atingiu a concentração perfeita. Em primeiro lugar, purifique a mente. A concentração virá por si mesma.
No início da sua meditação, os pensamentos mundanos o aborrecem muito. Se você for constante ma meditação, esses pensamentos gradualmente morrerão por si mesmos. A meditação é o fogo que irá consumi-los. Não tente alijar todos os pensamentos. Hospede os pensamentos que se relacionarem com o tema de sua meditação.
Observe sempre a sua mente com cuidado. Fique atento, fique alerta. Não permita que ondas de irritação, de ciúmes, de raiva, de ódio e de luxúria se levantem ma mente. Essas ondas negras são inimigas da meditação, da paz e do conhecimento. Suprima-as, de imediato, hospedando pensamentos elevados. Os pensamentos desarmônicos que aparecerem podem ser destruídos pela criação e manutenção de pensamentos harmônicos, pela repetição de qualquer Mantra, pela prática de Pranayama (respiração), pela realização de ações harmônicas e pelo pensamento na miséria que provém dos pensamentos desarmônicos. Quando você atingir o estado de pureza, nenhum pensamento desarmônico aparecerá na sua mente. Assim como é fácil expulsar o intruso ou o inimigo no portão, da mesma forma é fácil dominar o pensamento desarmônico, tão logo este apareça. Corte-o pela raiz. Não permita que crie raízes profundas.
No início de sua prática de controle dos pensamentos, encontrará grande dificuldade. Terá de travar batalhas com eles. Eles tentarão tudo pela sua existência. Batalharão contra você com grande ferocidade. Assim que se sentar para a meditação, toda a sorte de pensamentos desarmônicos tentarão se manifestar. Quando tentar expulsá-los, eles o atacarão com furor e energia redobrados. Mas o harmônico sempre vence o desarmônico. Assim como a escuridão não pode ficar quando aparece o sol, assim como o leopardo não pode vencer o leão, da mesma forma, todos esses pensamentos desarmônicos, esses intrusos invisíveis, inimigos da paz, não podem permanecer diante dos pensamentos sublimes. Eles têm de morrer por si mesmos.
Quando você estiver muito ocupado com seus afazeres diários, não pode abrigar qualquer pensamento desarmônico; porém quando estiver descansado e deixar a mente em branco, os pensamentos desarmônicos tentarão insidiosamente se introduzir. Quando a mente estiver descontraída você precisa ser muito cuidadoso.
7 – O Falso Contentamento
Durante o decorrer da prática, o praticante tem algumas experiências. Ele tem visões maravilhosas de Sábios, Iluminados, entidades astrais de várias descrições, etc.. Ele ouve muitos sons melodiosos. Ele aspira odores divinos. Ele recebe os poderes de ler os pensamentos, de ver o futuro, etc. Nesse momento, estupidamente, o praticante imagina que conseguiu atingir a meta mais elevada e não continua com a prática. Isso é um erro grave. Ele recebeu Tushti, ou o falso contentamento. Isso são sinais auspiciosos que manifestam um acúmulo de um pouco de pureza e de concentração. Tudo isso são apenas manifestações sem importância quando comparadas aquilo que se irá obter com a continuidade da prática.
8 – O Medo
Este é um grande obstáculo no caminho para o auto conhecimento Um praticante tímido não está, de modo algum, apto para o caminho espiritual. Ele não pode nem sonhar com a compreensão do Eu Superior, mesmo em mil encarnações. Para atingir a imortalidade, a pessoa tem que arriscar a vida. Um bandido que não tem apego ao corpo está pronto para a compreensão do Eu Superior. Apenas terá de mudar as suas correntes. O medo é uma não essência imaginária. Ele assume formas concretas e perturba o praticante de várias maneiras. Quem dominar o medo estará na trilha do sucesso, quase terá atingido o objetivo. A prática tântrica tibetana, por exemplo, torna o estudante destemido. Há uma vantagem grande nessa linha. Ele terá de fazer exercícios em cemitérios, sentando-se sobre um cadáver, à meia-noite. Esse tipo de prática encorajará o estudante. O medo assume várias formas. Existe o medo da morte, o medo das doenças, o medo da solidão, o medo de escorpiões, o medo da companhia, o medo de perder alguma coisa e o medo da crítica pública na forma de “o que dirão de mim”?
Algumas pessoas não temem os tigres de floresta. Algumas pessoas não têm medo dos tiros num campo de batalha. No entanto, têm pavor da opinião pública. O medo da opinião pública atrapalha o caminho do praticante ao progresso espiritual. Ele deverá ater-se aos seus próprios princípios, às suas próprias convicções, muito embora seja perseguido e muito embora esteja a ponto de ser feito em pedaços em frente à boca de um canhão. Apenas assim crescerá e compreenderá. Todos os praticantes sofrem dessa moléstia funesta que é o medo. O medo de todos os tipos deverá ser totalmente erradicado pela Consciência pura do Eu Superior, na pesquisa sobre a natureza da Criação, e pelo culto da qualidade oposta: a coragem. O harmônico vence o desarmônico. A coragem vence a timidez e o medo.
Para que se compreenda o segredo sutil da atuação da mente, passam-se anos. Através do poder da imaginação, a mente causa estragos. Medos imaginários diversos, o exagero, as histórias inventadas, as dramatizações mentais, a construção de castelos no ar, tudo isso se deve ao poder da imaginação. Até mesmo um homem perfeito e saudável tem alguma doença imaginária ou qualquer outra devido ao poder de imaginação da mente. Um homem pode ter um pouco de fraqueza Quando ele se torna seu inimigo, você logo exagera e enfatiza a sua fraqueza. Você até mesmo acrescenta ou conta histórias sobre muitas fraquezas mais. Isso se deve ao poder da imaginação. Perde-se muita energia por conta dos medos imaginários.
9 – A Volubilidade
A volubilidade da mente é um grande obstáculo à meditação. Uma dieta leve e a prática de exercícios respiratórios removerão esse estado da mente. Não sobrecarregue o estômago. Ande rapidamente no terreno que circunda sua casa, de um lado para outro, durante meia hora. Assim que tomar uma resolução, deve pô-la em prática imediatamente, a qualquer custo. Isso removerá a volubilidade da mente e desenvolverá a sua força de vontade.
10 – A Força das Velhas Samskaras (Impressões)
Quando o praticante faz intensa pratica para obliterar as velhas impressões, estas tentam vingativamente voltar-se contra ele, com redobrado vigor. Elas assumem formas e se colocam diante dele como obstáculos. As velhas impressões de ódio, de inimizade, de ciúme, de sentimentos de vergonha, de respeito, de honra, de medo, etc. assumem formas graves. As Samskaras não são entidades imaginárias. Quando aparece a oportunidade, elas se transformam em realidades. O praticante não deve ficar desencorajado. Depois de algum tempo, elas perderão sua força e morrerão por si mesmas. Da mesma forma como o pavio da vela que se extingue arde com intensidade antes de apagar, essas velhas Samskaras mostram seus dentes e sua força antes de serem erradicadas. O praticante não deverá ficar desnecessariamente alarmado. Terá de aumentar a força do impulso de Samskaras espirituais fazendo praticas diárias, ações equilibradas, tendo emoções elevadas e pensamentos elevados. Essas Samskaras espirituais novas, neutralizarão as Samskaras viciosas antigas. Ele deverá se concentrar em sua pratica. Ele deverá aprofundar-se em suas práticas espirituais. Este é seu dever.
Quando você se sentar novamente para a meditação à noite, terá de se esforçar duramente para eliminar as novas Samskaras mundanas que acumulou durante o dia, e de novo conseguir uma mente calma e concentrada. Essa luta causa dor de cabeça. Durante a meditação, o Prana é levado até a cabeça. O Prana sutilizado entra em sulcos diferentes durante a meditação e tem que se mover em novos e diferentes canais durante as atividades mundanas. Ele se torna grosseiro durante o trabalho.
11 – A Melancolia e o Desespero
Assim como as nuvens obscurecem e tapam o Sol, da mesma maneira a nuvem da tristeza e do desespero ficarão no seu caminho, atrapalhando a prática. Mesmo nesse caso, você não deve abandonar a Essas pequenas nuvens de melancolia e desespero passarão logo. Dê à sua mente a sugestão: “ATÉ MESMO ISSO PASSARA”
12 – A Cobiça
Em primeiro lugar, vem o desejo. Em seguida, vem a raiva. Depois, vem a cobiça. Depois, vem a insensatez. O desejo é muito poderoso, tanta é a importância dada a ele. Existe uma relação íntima entre o desejo e a cólera. Analogamente, há conexão estreita entre a cobiça e a insensatez. Um homem ganancioso tem grande insensatez pelo seu dinheiro. Sua mente está sempre no seu cofre e no molho de chaves que pendurou na cintura. O dinheiro representa o seu sangue e a sua vida. Ele vive para amealhar dinheiro. Ele é apenas um porteiro para seu dinheiro. O aproveitador é o seu filho pródigo. Os agiotas são os instrumentos prediletos de nossa amiga, a cobiça. Ela conseguiu sua fortaleza nas suas mentes. Esses são os agiotas do dia de hoje. Sugam o sangue dos pobres tirando enorme vantagem (25%, 50%, 100%). Pessoas cruéis de coração! Elas pretendem mostrar que têm disposição caridosa realizando atos caridosos.
Esses atos não podem neutralizar os seus atos abomináveis e desapiedados. Muitas famílias pobres são arruinadas pelos agiotas. Eles não pensam que as mansões em que vivem são construídos com o sangue dessa pobre gente. A cobiça destruiu seu intelecto e os deixou completamente cegos. Têm olhos, porém não enxergam. A cobiça sempre torna a mente inquieta. Um homem que tem milhões de dólares planeja conseguir outro milhão. Um milionário planeja tornar-se um multimilionário. A cobiça é insaciável, ela não tem fim. A cobiça assume várias formas sutis. Determinado homem está sedento de nome, de fama e de aprovação. Isso é cobiça. Um juiz de primeira instância quer se tornar um juiz de tribunal. Isso também é cobiça. Um Sadhu (No hinduísmo, é um termo comum para designar um místico, um asceta, um praticante de ioga ou um monge andarilho. É, também, uma expressão em sânscrito e páli usada como interjeição para algo bem-sucedido ou realizado com perfeição.) deseja sequiosamente possuir Siddhis (Poderes psíquicos). Essa é outra forma de cobiça. Um Sadhu anseia abrir alguns Ashrams (Na antiga Índia, era um eremitério hindu onde os sábios viviam em paz e tranqüilidade no meio da Natureza) em diferentes centros. Também isso é cobiça. Um homem cobiçoso é completamente incapaz para o caminho espiritual. Destrua a cobiça por todos os meio possíveis e usufrua a paz.
13 – A Aversão
A aversão é o mais mortífero inimigo de um praticante. Ela é um inimigo inveterado. Ela é um velho sócio da personalidade. A cólera, o desprezo, a prevenção, o escárnio, o insulto, a caçoada, a zombaria, o desdém, a manifestação de desagrado e as caretas de nojo, tudo isso são formas de aversão. Ela se manifesta repetidamente. É insaciável como a luxúria ou a cobiça. Pode ficar escondida durante algum tempo, e pode se manifestar de novo com força redobrada. Se um pai desprezar um homem, seus filhos e filhas também passarão a odiá-lo inexplicavelmente, embora tal homem não tenha feito nada de errado nem tenha cometido nenhuma injustiça. Essa é a forças da aversão. Se qualquer um se lembrar da imagem de um homem que lhe fez alguma ofensa há quarenta anos atrás, logo a aversão se instala na mente e seu rosto reflete os sinais claros da inimizade e do rancor.
A aversão desenvolve a repetição da forma de pensamento da aversão. A aversão não cessa pela aversão, porém, apenas pela consciência. A aversão necessita de um tratamento prolongado e intenso e seus ramos se bifurcam em várias direções na mente subconsciente. Ela se esconde em diferentes cantos. A constante prestação de serviço desinteressado combinada com a meditação por um período de anos é necessária. Um inglês odeia um irlandês, e este odeia o inglês. Um católico tem raiva de um protestante, e este odeia o católico. Isso é aversão religiosa. Isso é rancor comunitário. Um homem odeia outro, à primeira vista, sem razão nenhuma. O afeto puro é desconhecido neste mundo entre as pessoas mundanas. O egoísmo, o ciúme, a cobiça e a luxúria são a comitiva da aversão. Em Kali Yuga (Lit. “idade de Kali”, ou “idade do vício“. É um período que aparece nas escrituras hindus. É a última das quatro etapas que o mundo atravessa, sendo, as demais: Satya Yuga, Treta Yuga e Dwapara Yuga. Seu ponto de início e sua duração têm dado origem a diferentes avaliações e interpretações. De acordo com a mais conhecida, o Siddhanta Surya, Kali Yuga começou à meia-noite em 18 de fevereiro de 3102 a.C. no calendário juliano, ou 23 de janeiro de 3102 a.C. no calendário gregoriano, considerada a data em que Krishna deixou a Terra para retornar a Goloka Vrindavana, sua morada espiritual. Kali Yuga está associado ao demonio Kali (não deve ser confundido com a deusa Kālī). O “Kali” de Kali Yuga significa “conflito”, “discórdia” ou “disputa”. A maioria dos intérpretes das escrituras hindus acreditam que a Terra está atualmente em Kali Yuga. A era de Kali Yuga é também denominada a Era de Ferro, e sua duração proposta é de 432 000 anos, embora outras durações tenham sido propostas.
Escrituras como o Mahabharata e o Bhagavata Purana apresentam Kali Yuga como uma era de crescente degradação humana, cultural, social, ambiental e espiritual, sendo, simbolicamente, referida como Idade das Trevas porque, nela, as pessoas estão tão longe quanto possível de Deus. O hinduísmo, muitas vezes, representa a moralidade (dharma) como um touro. Na Satya Yuga, o touro tem quatro pernas (os quatro princípios védicos de não violência, austeridade, veracidade e limpeza), mas, em cada era, uma dessas pernas é reduzida, sobrando, em Kali Yuga, somente a perna da veracidade, resguardada pelas escrituras e pelos gurus fidedignos. As profecias dos Puranas indicam que Kali Yuga se encerrará com o advento de Kalki, avatar de Vishnu que virá destruir o demônio Kali. Então, se iniciará uma nova Era de Ouro (Satya Yuga), quando a Terra será governada pelos brâmanes e habitada somente por homens justos.) a força da aversão é aumentada.
Um filho odeia seu pai e o processa no tribunal. A esposa se divorcia do marido. Olhe para o estado horrível da atual situação. Este deplorável estado dos relacionamentos é devido à assim chamada civilização moderna e à educação atual.
O puro amor desinteressado deveria ser cultivado. A cólera, o preconceito, o desprezo, etc., se desvanecerão pelo serviço desinteressado. A boa conduta na vida diária, se posta realmente em prática, pode erradicar todo o tipo de aversões. Existe um Eu superior escondido em todos os seres. Então por que debocha dos outros? Por que os trata com desprezo? Por que você divide e separa? Compreenda a unidade da vida e da consciência. Sinta o Atman em todos os lugares. Rejubile-se e irradie o afeto e a paz por todos os lugares.
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Meditação Pratica 1 – Relaxamento