Meditação: – Obstáculos na Meditação 03 – Programa 17 07 23

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2 – A Calunia                                          

Esse é um costume de pessoas  com  mente  fútil.  Quase  toda  as  pessoas  são  vitimas  dessa   imperfeição. A calunia se transformou  num  hábito enraizado  de  pessoas mesquinhas e nocivas.              

A causa raiz da calunia é a ignorância ou o  ciúme.  O caluniador quer arrasar ou destruir a pessoa que é prospera por meio de difamação, de  falsas  acusações, etc. Não existe  outro empenho para um caluniador  se  não o de alimentar escândalos. Ele  vive  da  maledicência.  Ele  sente prazer em difamar e caluniar os outros. Os difamadores são  uma ameaça para a sociedade.  Os companheiros da calunia são  a falsidade, a desonestidade, a astucia, a chicana, as evasivas,  os truques e os artifícios. Um  caluniador  nunca  pode ter  uma  mente calma, tranquila. Sua  mente  esta sempre planejando ou urdindo, em direções erradas. Um praticante deverá estar completamente livre desse vício. Deverá  andar  sozinho,  viver sozinho, comer sozinho, e meditar sozinho. Se um homem que  não removeu o ciúme, a calunia, a cólera, o orgulho e o  egoísmo  disser que “eu estou meditando  6  horas  por  dia”,  isso  será  tolice. Não há forma de obter um animo meditativo mesmo  por  seis minutos, a não ser que o homem remova  todas  as  coisas  e  purifique em primeiro lugar  a  sua  mente,  prestando  serviços  desinteressados durante algum tempo.

3 – A Depressão                                        

Devido  aos  efeitos  das tendências inatas, remanescentes de alguma propensão instintiva, que exercem influência sobre a constituição, as decisões e a natureza de cada pessoa (Samskaras), à influência  de  entidades  astrais,  de  espíritos  maus,  de  má  companhia,  de  dias  nublados,  à   indisposição  estomacal (indigestão) e à prisão  de  ventre, muitas  vezes  os  praticantes são presas da depressão.  Trata da causa. Remova a causa. Não permita  que a depressão domine  você. Faça uma longa caminhada em passo ligeiro, corra ao ar livre ouça musicas alegres.  Ande ao longo da  margem  de um  rio  ou  na  praia. Se souber, toque um instrumento. Mantenha pensamentos alegres  e dê boas risadas. Se for necessário tome um purgante e uma dose  de qualquer mistura contra gases intestinais.                                

Faça algumas respirações. Beba um copo  pequeno  de  suco de laranja, chá ou café. Leia algumas obras de conteúdo.   

Quando a  depressão  aborrecer  você,  a  mente  se  revoltará. Os sentidos se divertirão às suas custas. Os desejos sutis decorrentes  afluirão  à  superfície   da   mente   e   o  atormentarão. Pensamentos sensuais agitarão a mente  e  tentarão  esmagar você. Mantenha-se  inflexível.  Enfrente  esses embates passageiros, mantendo a mente impassível.  Não  se  identifique com esses  obstáculos.  Aumente  o  seu  período  de  meditação. Fortaleça o desinteresse e  também  o  discernimento.  Todos  esses  obstáculos passarão como passa uma nuvem. Com a remoção de todos os aborrecimentos.  O  aperfeiçoamento será  conhecido  por  você.  Haverá  mudança  na  mente, o modo de falar e em todas as suas ações.                

4 – A Dúvida (Samsaya)                                 

Um praticante pode começar  a  duvidar  da  existência  do Eu Superior, se conseguirá ou não compreendê-lo, se está ou não fazendo  corretamente seus exercícios. A carência de fé  é  um  obstáculo  perigoso no caminho espiritual. Quando aparecem essas dúvidas, o praticante arrefece os seus esforços. A Ilusão é muito  poderosa. Ela atua  através  da  dúvida  e  do  esquecimento. A mente é Ilusão.  A  mente  embaraça  as  pessoas  através da dúvida. Às vezes, uma pessoa desiste completamente da  pratica. Isso é um erro grave. Cada  vez  que  a  dúvida  quiser  dominar  um  praticante,  ele  deve  imediatamente   recorrer   à  companhia dos instrutores e permanecer por  algum  tempo  sob  a  influência de suas  emergias.  Deverá  esclarecer  suas  dúvida  conversando com eles. Com freqüência  um  praticante  inicia  sua  pratica com a  expectativa  de  obter  tantos  Siddhis  (poderes  psíquicos) em pouco tempo! Como não consegue isso, ele  desanima  e para  com  sua  prática.  Na  maioria  dos  casos,  é  esse  o  aborrecimento. Ele pensa que a Kundalini será despertada em seis  meses e que terá clarividência, clariaudiência, que  saberá  ler  os pensamentos, que saberá voar pelo ar, etc. Ele mantém  tantas  idéias fantásticas e esquisitas!                                

Há vários tipos de impurezas na mente.  Leva  muito  tempo para purificá-la e obter uma concentração num tema  só.  A  concentração  é  uma  questão   de   prática,   durante   muitas  encarnações. Não deveríamos desanimar depois de praticar alguns meses, um ano  ou dois. Até mesmo se você praticar pouco, o efeito existe. Nada  se perde. Essa é a lei imutável da Natureza. Será capaz de não perceber o pequeno  aperfeiçoamento  que  resultará  da  pouca  prática que fizer, uma vez que não  tem  um  intelecto  sutil  e  puro. Você precisa desenvolver as virtudes:  o  desinteresse,  a  paciência, e a perseverança até o mais alto grau.  Você  precisa  ter a convicção inabalável na existência do Eu Superior e  na  eficácia  das práticas espirituais.         

As dúvidas são de três espécies: Duvida  do  Sentimentos,  Duvida  dos  Pensamentos   e   pensamento errôneo de que o  Eu superior é  o corpo, e o  mundo  é  uma  realidade  concreta (Vipareeta   Bhavana).

A dúvida ou incerteza é o grande obstáculo no caminho da compreensão do Eu Superior. Ela  impede  o  progresso  espiritual.  Precisa  ser  eliminada  pelo   estudo   de   obras  adequadas. Por  pesquisas  sobre  a  natureza  divina e  pelo  raciocínio.  Ela  levantará  sua  cabeça  repetidas  vezes  para  desencaminhar  o  praticante.  Deverá ser destruída, sem possibilidade de ressurgimento, através da certeza, da convicção  e da fé firme, inabalável, baseada no raciocínio.               

A  dúvida  é  o  seu  grande  inimigo.  Ela   causa  intranqüilidade na mente. Destrua todas as  dúvidas  através  do  estudo sobre a natureza divina e da Sabedoria.                 

Não se preocupe com as dúvidas.  Não  há  fim  para  elas. Purifique o seu coração.  Continue  vigorosamente  com  os  processos  purificadores   assim   com   a   meditação.   Medite  regularmente. As dúvidas  se  esclarecerão  por  si  mesmas,  de  maneira misteriosa.

5 – Os Sonhos                                          

Alguns praticantes ficam muito perturbados com uma grande quantidade de sonhos fantásticos. Às  vezes,  existe  uma  mistura de meditação com os sonhos. Como o fenômeno dos sonhos é muito peculiar, é muito  difícil  controlá-los  a  não ser que você limpe totalmente  todas  impressões  no  corpo causal (Karana  Sahrira)  e  controle  todos  os  pensamentos.  Os sonhos diminuirão à medida que você cresce em pureza, em  DISCERNIMENTO (Viveka) e na concentração.                              

A presença dos sonhos significa que você  ainda  não  está bem assentado na meditação profunda, que ainda não  removeu  a divagação da mente (Vikshepa)  e  que  ainda  não  fez  praticas  constantes e intensas.                                          

6 – Os Pensamentos  Desarmônicos                              

Suponha que os pensamentos desarmônicos permaneçam na sua mente durante vinte e quatro horas e reapareçam a cada  terceiro  dia. Se você puder fazer com que eles permaneçam apenas por  dez  horas e reapareçam uma vez por semana, através da prática diária  da concentração  e  da  meditação, isso decididamente  será  uma  melhoria.

 Se você  continuar  com  sua  prática,  o  período  da  permanência  deles e   do   seu   reaparecimento   diminuirão  gradualmente. Finalmente desaparecerão.  Compare o  seu  estado  presente com o do ano que passou. Será capaz  de  descobrir  seu  progresso. No início, esse progresso será  lento.  Será  difícil  você avaliar seu crescimento e seu progresso.                   

Algumas vezes, a sua mente se sobressaltará  quando  pensamentos desarmônicos  penetrarem  nela. Isso é um sinal  do  seu  progresso espiritual. Você está evoluindo espiritualmente.  Você ficará muito atormentado ao pensar nas ações desarmônicas que cometeu  no  passado. Isso também é um sinal de sua elevação espiritual.  Não repetirá essas mesmas ações. Sua mente estremecerá. Seu corpo se  agitará, cada vez que uma Samskara  desarmônica de  alguma  ação desarmônica  quiser levá-lo a praticar novamente esse ato por causa da  força  do hábito. Continue com seriedade e vigor a sua meditação. Todas as recordações das ações desarmônicas, dos  pensamentos  desarmônicos,  morrerão  por   si   mesmos.   Você   se  estabilizará na pureza e na paz perfeitas.                      

No início das praticas, toda a sorte de pensamentos  desarmônicos se levantarão na sua mente, assim  que  se  sentar  para  a  meditação. Por que isso acontece  durante  a  meditação,  quando  você tenta manter pensamentos harmônicos?  Muitos praticantes  deixam  suas práticas  espirituais  por  causa  disso.  Se  você  tentar  enxotar um macaco, ele tentará atacá-lo por vingança.  Da  mesma  forma, as velhas Samskaras e os velhos pensamentos desarmônicos tentarão  atacar você, por vingança e com força redobrada,  bastando  você  tentar alimentar pensamentos harmônicos. Seu inimigo insiste  em resistir a você quando  tenta  expulsá-lo  de  sua  casa.  Na  Natureza  existe  a  lei  da  resistência.   Os   antigos   pensamentos desarmônicos se afirmam  e  dizem:  “é  homem!  não  seja  cruel.  Permitiu que ficássemos  na  sua  fábrica  mental  desde  tempos  imemoriais. Temos todo o direito de ali residir. Ajudamos  você,  durante todo esse tempo, a cometer suas ações desarmônicas. Por que  quer  nos  expulsar  de  nossa  moradia?  Não  desocuparemos  a  nossa  moradia.” Não fique  desencorajado.  Continue  com  sua  prática  regular de meditação. Esses pensamentos desarmônicos se apagarão.       

Finalmente eles  perecerão.  O harmônico sempre supera o desarmônico. Essa é  a  lei  da  Natureza.  Os  pensamentos desarmônicos não podem  permanecer  diante  dos  pensamentos  harmônicos. A coragem domina o medo, a paciência vence a raiva  e  a irritação. A pureza domina a  luxúria.  O  simples fato de você sentir-se  mal  quando  um  pensamento desarmônico aflora à superfície da sua mente, durante meditação, indica  que  está  crescendo  em  espiritualidade.  Noutros  tempos você teve conscientemente toda a sorte de pensamentos desarmônicos.  Deu-lhes  as  boas-vindas e alimentou-os. Persista na sua prática  espiritual.  Seja tenaz e aplicado; estará fadado a ter sucesso. Até mesmo um  praticante ignorante notará em si mesmo uma mudança  maravilhosa,  se mantiver a prática da meditação durante  dois  ou  três  anos  seguidos.  Agora  não  pode  abandonar  a  prática.   Mesmo   se  interrompê-la por um dia, sentirá finalmente que  perdeu  alguma  coisa naquele dia. Sua mente ficará inquieta.                   

A paixão se esconde em você. Pode perguntar  por  que razão fico zangado tantas vezes. A raiva nada mais é  que  a  modificação da paixão. Quando a paixão  não  é  satisfeita,  ela  assume a forma da cólera. A  causa  verdadeira  da  cólera  é  a  paixão que não foi saciada. Ela se expressa como  raiva,  quando  você lida com os erros dos seus criados.  Esses  são  uma  causa  indireta ou o estímulo exterior  para  a  sua  manifestação.  As  correntes Apego e Cólera ainda não estão totalmente erradicadasEstão apenas atenuadas ou em parte enfraquecidas. Os Indriyas ou  sentidos ainda são  turbulentos. Eles estão apenas um pouco dominados. Ainda restam correntes subterrâneas de Desejos  Sutis  e   anseio   pelos   objetos   dos   sentidos.   As   tendências  exteriorizadoras dos sentidos não estão completamente dominadas.  Você ainda não é estável em Pratyahara (Abstração). As Ondas  de  Pensamentos  (Vrittis)  ainda  são  poderosas.  Ainda   não   há  discernimento nem moderação fortes bastantes. A  aspiração  pelo  Eu Superior ainda não se tornou intensa. Rajas e  Tamas  ainda  fazem  estragos. Existe apenas um  pequeno  aumento  na  quantidade  de  Sattva. As Ondas  de  Pensamentos  ainda não minguaram, ainda são poderosas.  As  virtudes positivas não foram cultivadas em grau suficiente. Essa  a  razão  pela  qual  você  ainda  não  atingiu  a  concentração  perfeita. Em primeiro lugar, purifique a mente.  A  concentração  virá por si mesma.                                               

No início da sua meditação, os pensamentos mundanos  o aborrecem muito. Se você for  constante  ma  meditação,  esses  pensamentos gradualmente morrerão por si mesmos. A meditação é o  fogo que irá consumi-los. Não tente alijar todos os  pensamentos. Hospede os pensamentos que se relacionarem com o  tema  de sua meditação.                                               

Observe sempre  a  sua  mente  com  cuidado.  Fique  atento, fique alerta. Não permita que  ondas  de  irritação,  de  ciúmes, de raiva, de ódio e de luxúria  se  levantem  ma  mente.  Essas ondas negras são  inimigas  da  meditação,  da  paz  e  do  conhecimento. Suprima-as, de  imediato,  hospedando  pensamentos  elevados. Os pensamentos desarmônicos que aparecerem podem ser  destruídos pela criação e manutenção de pensamentos harmônicos,  pela  repetição  de  qualquer  Mantra,  pela  prática  de  Pranayama (respiração), pela  realização de ações harmônicas e pelo pensamento na miséria que provém  dos pensamentos desarmônicos. Quando você atingir o  estado  de  pureza,  nenhum pensamento desarmônico aparecerá na sua mente. Assim como é fácil  expulsar o intruso ou o inimigo no  portão,  da  mesma  forma  é  fácil dominar o pensamento desarmônico, tão logo este  apareça.  Corte-o  pela raiz. Não permita que crie raízes profundas.               

No  início  de  sua   prática   de   controle   dos  pensamentos,  encontrará  grande  dificuldade.  Terá  de  travar  batalhas com eles.  Eles  tentarão  tudo  pela  sua  existência. Batalharão contra  você  com   grande  ferocidade.  Assim  que  se  sentar  para  a    meditação,  toda  a  sorte  de  pensamentos  desarmônicos tentarão   se  manifestar. Quando tentar expulsá-los, eles o atacarão com furor  e  energia  redobrados.  Mas o harmônico sempre vence o desarmônico.  Assim  como  a  escuridão  não  pode ficar quando aparece o sol,  assim  como  o  leopardo não pode vencer o leão, da mesma forma,  todos  esses  pensamentos  desarmônicos, esses intrusos  invisíveis,  inimigos  da  paz,  não podem permanecer diante dos  pensamentos sublimes. Eles têm de morrer por si mesmos.

Quando você estiver muito ocupado com seus afazeres  diários, não pode abrigar qualquer pensamento desarmônico; porém quando  estiver descansado e deixar a mente em  branco,  os  pensamentos  desarmônicos tentarão insidiosamente se introduzir.  Quando  a  mente  estiver descontraída você precisa ser muito cuidadoso.          

7 – O Falso Contentamento                                  

Durante o decorrer da  prática,  o  praticante  tem  algumas experiências. Ele tem  visões  maravilhosas  de  Sábios,  Iluminados, entidades astrais de várias descrições, etc.. Ele ouve muitos sons melodiosos. Ele aspira odores divinos. Ele recebe os poderes de ler os pensamentos,  de  ver  o  futuro,  etc.  Nesse  momento,  estupidamente,  o  praticante  imagina  que  conseguiu  atingir a meta mais elevada e não continua com a prática. Isso é  um erro grave. Ele recebeu Tushti,  ou  o  falso  contentamento.  Isso são sinais auspiciosos que  manifestam  um  acúmulo  de  um  pouco  de  pureza e de concentração.  Tudo isso são apenas manifestações sem importância quando comparadas  aquilo  que  se  irá obter com a continuidade da prática.                        

8 – O Medo                                                 

Este  é  um  grande  obstáculo  no   caminho   para   o  auto conhecimento Um praticante tímido não está,  de  modo  algum,  apto para o caminho espiritual. Ele não pode nem sonhar com  a  compreensão do Eu Superior, mesmo em mil encarnações.  Para atingir a  imortalidade, a pessoa  tem  que  arriscar  a  vida. Um bandido que  não  tem  apego  ao  corpo  está  pronto para a compreensão do Eu Superior. Apenas terá de mudar as suas correntes. O medo é uma  não  essência  imaginária.  Ele assume formas concretas e perturba o praticante de várias maneiras. Quem dominar o medo estará na trilha do sucesso, quase terá  atingido  o objetivoA  prática  tântrica  tibetana, por exemplo,  torna  o  estudante  destemido. Há uma vantagem grande nessa linha. Ele terá de fazer  exercícios  em  cemitérios,  sentando-se  sobre  um  cadáver,  à  meia-noite. Esse tipo de prática encorajará o estudante. O  medo  assume várias formas.  Existe  o  medo  da  morte,  o  medo  das  doenças, o medo da solidão, o  medo  de  escorpiões,  o medo  da  companhia, o medo de perder alguma coisa e  o  medo  da  crítica  pública na forma de “o que dirão de mim”?                      

Algumas  pessoas  não  temem  os  tigres  de  floresta.  Algumas pessoas não têm medo dos tiros num campo de batalha.  No  entanto, têm pavor da opinião pública. O medo da opinião pública  atrapalha o caminho do  praticante ao progresso  espiritualEle  deverá ater-se aos seus próprios princípios,  às  suas  próprias  convicções, muito embora seja perseguido e muito embora esteja  a  ponto de ser feito em pedaços em frente à  boca  de  um  canhão.  Apenas assim crescerá e compreenderá. Todos os praticantes sofrem  dessa moléstia funesta que é o medo. O medo de todos os tipos deverá ser totalmente erradicado pela  Consciência  pura  do  Eu  Superior, na pesquisa sobre a natureza da Criação, e pelo culto da qualidade oposta: a coragem. O harmônico vence  o  desarmônico. A coragem vence a timidez e o medo.                   

Para que se compreenda o segredo sutil  da atuação da mente,  passam-se  anos.  Através do poder da imaginação, a mente causa estragos. Medos imaginários  diversos,  o exagero, as histórias inventadas, as dramatizações mentais,  a  construção de castelos no ar, tudo isso  se  deve  ao  poder  da  imaginação. Até mesmo um homem perfeito e  saudável  tem  alguma  doença  imaginária  ou  qualquer  outra  devido  ao   poder   de  imaginação da mente. Um homem pode  ter  um  pouco  de  fraqueza  Quando ele se torna seu inimigo, você logo exagera e enfatiza  a  sua fraqueza. Você até mesmo acrescenta ou conta histórias sobre  muitas fraquezas mais. Isso se  deve  ao  poder  da  imaginação.  Perde-se muita energia por conta dos medos imaginários.         

9 – A Volubilidade                                         

A volubilidade da mente é um grande obstáculo  à  meditação.  Uma  dieta  leve  e  a prática de  exercícios  respiratórios removerão esse estado da mente. Não sobrecarregue o estômago. Ande rapidamente no terreno que circunda sua casa, de um lado para outro, durante meia hora. Assim  que tomar uma resolução, deve pô-la em  prática  imediatamente, a  qualquer custo. Isso removerá a volubilidade da mente e desenvolverá a  sua força de vontade.                                           

10 – A Força das Velhas Samskaras (Impressões)              

Quando o praticante faz intensa pratica para  obliterar  as velhas  impressões,  estas  tentam  vingativamente  voltar-se  contra ele, com  redobrado  vigor.  Elas assumem formas  e se colocam diante dele como obstáculos. As velhas impressões de ódio, de inimizade, de ciúme, de  sentimentos  de  vergonha,  de respeito, de honra, de medo,  etc.  assumem  formas  gravesAs Samskaras  não  são  entidades  imaginárias.  Quando  aparece  a  oportunidade, elas se transformam em  realidades.  O  praticante  não deve  ficar  desencorajado.  Depois de algum  tempo,  elas  perderão sua força e morrerão por si mesmas. Da mesma forma como o pavio da vela que se extingue arde com  intensidade  antes  de  apagar, essas velhas Samskaras mostram seus dentes e  sua  força  antes de  serem  erradicadas.  O praticante não deverá ficar desnecessariamente alarmado. Terá de aumentar a força do impulso de Samskaras  espirituais  fazendo  praticas  diárias,   ações  equilibradas, tendo emoções elevadas e pensamentos elevados.  Essas  Samskaras espirituais novas, neutralizarão as Samskaras viciosas  antigas. Ele deverá se  concentrar  em sua  pratica. Ele  deverá  aprofundar-se em suas práticas espirituais. Este é seu dever.   

Quando você se sentar  novamente  para  a  meditação  à  noite, terá de se esforçar duramente para eliminar as novas  Samskaras  mundanas que acumulou durante o dia, e  de  novo  conseguir  uma  mente calma e concentrada. Essa luta  causa  dor  de  cabeça.  Durante a meditação, o Prana é levado até a cabeça. O  Prana sutilizado  entra em sulcos diferentes  durante  a  meditação e tem que se mover em novos e diferentes canais durante as  atividades mundanas. Ele se torna grosseiro durante o  trabalho. 

11 – A Melancolia e o Desespero                            

Assim como as nuvens obscurecem  e  tapam  o  Sol,  da  mesma maneira a nuvem da tristeza e do desespero ficarão no  seu  caminho, atrapalhando a prática. Mesmo nesse caso, você não deve  abandonar a Essas pequenas  nuvens  de  melancolia  e  desespero  passarão  logo.  Dê  à  sua mente  a  sugestão: “ATÉ  MESMO ISSO  PASSARA”  

12 – A Cobiça                                              

Em primeiro lugar, vem o desejo.  Em  seguida,  vem  a  raiva. Depois, vem a cobiça. Depois, vem a insensatez. O  desejo  é muito poderoso, tanta é a importância dada a ele.  Existe  uma  relação íntima entre o  desejo  e  a  cóleraAnalogamente,  há  conexão estreita  entre  a  cobiça  e  a  insensatezUm  homem  ganancioso tem grande insensatez pelo seu  dinheiro.  Sua  mente  está sempre no seu cofre e no molho de  chaves  que pendurou  na  cintura. O dinheiro representa o seu sangue e a  sua  vida.  Ele  vive para amealhar dinheiro. Ele é apenas um  porteiro para  seu  dinheiro. O aproveitador é o seu filho pródigo. Os  agiotas  são  os  instrumentos  prediletos  de  nossa  amiga,  a  cobiça.  Ela  conseguiu sua fortaleza nas suas mentes. Esses são os agiotas do  dia de hoje. Sugam o sangue dos pobres tirando enorme vantagem (25%, 50%, 100%). Pessoas cruéis de coração!  Elas  pretendem  mostrar que têm disposição caridosa realizando atos caridosos.  

Esses atos não podem neutralizar  os  seus  atos  abomináveis e desapiedados. Muitas famílias  pobres  são arruinadas pelos agiotas. Eles não pensam que as mansões em que vivem são construídos com o sangue  dessa pobre gente. A cobiça destruiu seu intelecto e os deixou completamente cegos. Têm olhos, porém não enxergam. A cobiça  sempre  torna a  mente inquieta. Um homem que tem milhões  de  dólares  planeja  conseguir outro milhão. Um milionário  planeja  tornar-se  um  multimilionário. A cobiça é  insaciável,  ela  não  tem  fim.  A  cobiça  assume  várias  formas  sutis.  Determinado  homem  está  sedento de nome, de fama e de aprovação. Isso é cobiça. Um  juiz  de primeira instância quer se tornar um  juiz  de  tribunal. Isso também  é  cobiça.  Um Sadhu (No hinduísmo, é um termo comum para designar um místico, um asceta, um praticante de ioga ou um monge andarilho. É, também, uma expressão em sânscrito e páli usada como interjeição para algo bem-sucedido ou realizado com perfeição.) deseja sequiosamente  possuir  Siddhis  (Poderes psíquicos). Essa é outra  forma  de  cobiça.  Um  Sadhu  anseia abrir alguns Ashrams (Na antiga Índia, era um eremitério hindu onde os sábios viviam em paz e tranqüilidade no meio da Natureza) em diferentes centros. Também isso é  cobiça. Um homem cobiçoso é completamente incapaz para o caminho  espiritual. Destrua a cobiça  por  todos  os  meio  possíveis  e  usufrua a paz.                                                   

13 – A Aversão                                            

A aversão é o mais mortífero inimigo de um praticante.  Ela  é  um  inimigo  inveterado.  Ela  é  um  velho   sócio   da  personalidade. A cólera, o desprezo, a prevenção, o escárnio,  o  insulto, a caçoada, a  zombaria,  o  desdém, a  manifestação  de  desagrado e as caretas de nojo, tudo isso são formas de aversão.  Ela se manifesta repetidamente. É insaciável como a luxúria ou a  cobiça. Pode ficar escondida durante  algum  tempo,  e  pode  se  manifestar de novo com força redobrada. Se um pai desprezar  um  homem,  seus  filhos  e  filhas  também   passarão   a   odiá-lo  inexplicavelmente, embora tal homem  não  tenha  feito  nada  de  errado nem tenha cometido nenhuma injustiça. Essa é a forças  da  aversão. Se qualquer um se lembrar da imagem de um homem que lhe  fez alguma ofensa há quarenta anos  atrás,  logo  a  aversão  se  instala na mente  e  seu  rosto  reflete  os  sinais  claros  da  inimizade e do rancor.                                          

A aversão desenvolve a repetição da forma de pensamento  da aversão. A aversão não cessa pela aversão, porém, apenas pela  consciência. A aversão necessita de um tratamento prolongado e  intenso  e  seus  ramos  se  bifurcam  em  várias direções na  mente  subconsciente. Ela se esconde em diferentes cantos. A constante  prestação de serviço desinteressado combinada  com  a  meditação  por um período de anos é necessária.  Um  inglês  odeia  um  irlandês, e este odeia o inglês. Um católico  tem  raiva  de  um  protestante, e este odeia o católico. Isso é aversão  religiosa.  Isso é rancor comunitário. Um  homem  odeia  outro,  à  primeira  vista, sem razão nenhuma. O afeto puro é desconhecido neste mundo  entre as pessoas mundanas. O egoísmo, o  ciúme,  a  cobiça  e  a  luxúria são a comitiva da aversão. Em Kali Yuga (Lit. “idade de Kali”, ou “idade do vício“. É um período que aparece nas escrituras hindus. É a última das quatro etapas que o mundo atravessa, sendo, as demais: Satya Yuga, Treta Yuga e Dwapara Yuga. Seu ponto de início e sua duração têm dado origem a diferentes avaliações e interpretações. De acordo com a mais conhecida, o Siddhanta Surya, Kali Yuga começou à meia-noite em 18 de fevereiro de 3102 a.C. no calendário juliano, ou 23 de janeiro de 3102 a.C. no calendário gregoriano, considerada a data em que Krishna deixou a Terra para retornar a Goloka Vrindavana, sua morada espiritual. Kali Yuga está associado ao demonio Kali (não deve ser confundido com a deusa Kālī). O “Kali” de Kali Yuga significa “conflito”, “discórdia” ou “disputa”. A maioria dos intérpretes das escrituras hindus acreditam que a Terra está atualmente em Kali Yuga.  A era de Kali Yuga é também denominada a Era de Ferro, e sua duração proposta é de 432 000 anos, embora outras durações tenham sido propostas.

Escrituras como o Mahabharata e o Bhagavata Purana apresentam Kali Yuga como uma era de crescente degradação humana, cultural, social, ambiental e espiritual, sendo, simbolicamente, referida como Idade das Trevas porque, nela, as pessoas estão tão longe quanto possível de Deus. O hinduísmo, muitas vezes, representa a moralidade (dharma) como um touro. Na Satya Yuga, o touro tem quatro pernas (os quatro princípios védicos de não violência, austeridade, veracidade e limpeza), mas, em cada era, uma dessas pernas é reduzida, sobrando, em Kali Yuga, somente a perna da veracidade, resguardada pelas escrituras e pelos gurus fidedignos. As profecias dos Puranas indicam que Kali Yuga se encerrará com o advento de Kalki, avatar de Vishnu que virá destruir o demônio Kali. Então, se iniciará uma nova Era de Ouro (Satya Yuga), quando a Terra será governada pelos brâmanes e habitada somente por homens justos.)  a  força da aversão é aumentada.                                   

Um filho odeia seu pai e  o  processa no tribunal.  A esposa  se divorcia do marido. Olhe para o estado horrível  da  atual  situação.  Este  deplorável estado dos relacionamentos é devido à  assim  chamada  civilização  moderna  e  à  educação   atual.  

          O puro amor desinteressado deveria  ser  cultivado. A cólera, o preconceito, o desprezo, etc., se desvanecerão pelo serviço desinteressado. A boa  conduta   na  vida diária, se posta realmente em prática, pode erradicar  todo  o tipo de aversões. Existe um  Eu  superior escondido  em  todos  os seres. Então por que debocha dos outros? Por que os trata com  desprezo? Por que você divide e separa? Compreenda a unidade  da  vida e da consciência.  Sinta  o  Atman  em  todos  os  lugares.  Rejubile-se e irradie o afeto e a paz por todos os lugares.      

                 

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Meditação Pratica 1 – Relaxamento                                 

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