Meditação: Como atua a meditação – Programa 13 03 23

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Ao iniciarmos   o   processo   de   meditação,   verificam-se  gradativamente algumas claras mudanças em nossa vida, pois,  sem  o percebermos claramente, ao meditar, dirigimos  nossas  energias  psíquicas para  um  novo  horizonte,  e  isso  produz efeitos  e  transformações em nossa personalidade. Um  estes  efeitos  é  o  aparecimento da  necessidade  de  purificação  e  de  auto-formação  juntamente com um claro e premente impulso de crescimento  e  de  aperfeiçoamento.                                                

         Mesmo dedicando a meditação apenas meia hora da manhã cedo, obtém-se um certo resultado, porque a duração da meditação não é  importante; o que interessa é a “qualidade” e a “correta atitude  da consciência” em relação  a  ela.  Se  esses  dois  requisitos  estiverem presentes,  qualquer  que  seja  o  tempo  dedicado  a  pratica produzisse-a no decorrer da meditação uma  abertura para  os níveis super-conscientes de nós mesmos, com conseqüente afluxo  de energias espirituais nos veículos que tendem  para  objetivos  bem  explícitos.  No  decorrer do dia, essas energias  são  absorvidas pela personalidade e começa então um lento e  gradual  processo de transformação e de purificação do indivíduo.         

         Se tal resultado não se manifestar, isso significa que a  meditação foi feita somente como uma técnica mecânica  exterior,  e não produz nenhuma abertura para as energias do Eu Superior.  

         A verdadeira meditação abre uma porta para  uma  dimensão  mais alta do que a habitual e constrói uma  ponte,  conforme  já  dissemos, para o polo mais profundo de nós  mesmos.  Por isso,  quando decidimos iniciar um trabalho de  meditação, tacitamente decidimos nos transformar e modificar nossa vida. Mais  cedo  ou  mais tarde,  iremos    perceber  que  a  meditação,  após  um  determinado período de tempo  de  pratica  regular,  estimula  a  ativa  até  mesmo  parte  do  cérebro  até   então   adormecidos  despertando aspectos superiores de nós mesmos ainda  latentes  e  não manifestados. Na realidade, a meditação é uma abertura  para  o super-consciente e faz aflorar todas as qualidades e faculdades  mais  nobres,  mais  elevadas  do  homem,  que  representam  sua  natureza intrínseca e autentica. Por isso, devemos nos aproximar  da meditação com seriedade e consciência do seu verdadeiro valor  e significado.

Existem várias categorias amplas nas quais muitas formas de meditação se enquadram. Essas categorias são as seguintes:

Meditação de visualização. Muitas formas de meditação são baseadas no praticante construindo uma imagem dentro de sua mente. A imaginação é muito usada para criar uma visualização simples, como uma cor ou um pequeno objeto, ou imagens complexas do tipo mandala ou locais sagrados para os quais os praticantes usam sua imaginação para viajar. Muitas dessas imagens visualizadas são, na verdade, baseadas em relatos de experiências que as pessoas tiveram espontaneamente durante outras meditações não baseadas na imaginação. Esta é provavelmente a forma mais comum de meditação que os iniciantes encontrarão.

Meditação devocional. A meditação devocional costuma estar intimamente ligada à prática religiosa, mas nem sempre. Uma divindade ou ser espiritual é visualizado ou contatado por meio de mantra ou outra técnica semelhante. O praticante almeja se comunicar ou buscar orientação da divindade para que possa ser conduzido através de níveis crescentes de compreensão transcendente. Essa forma de meditação é muito usada em diversas seitas religiosas e é possível argumentar que a oração é uma forma de meditação devocional.

Meditação vazia. É uma meditação baseada exclusivamente na vacuidade oferece pouco método ou instrução. Qualquer orientação seria vista como uma distração externa da essência do treinamento e, portanto, é evitada tanto quanto possível. Em vez disso, os praticantes visam entrar no vazio silenciando sua mente por meio da prática prolongada de sentar. Essas formas de meditação requerem muita paciência e muitas vezes a assistência  da transmissão direta de mente para mente de um mestre realizado dentro  da tradição.

Meditação observacional. Essa forma de meditação funciona fazendo com que o praticante observe um fenômeno que se desenvolve naturalmente dentro de seu próprio corpo. O ponto focal mais comumente usado para observação é a respiração. A idéia é que ao observar algo realizamos várias coisas. Primeiro, aprendemos mais sobre a natureza da mente e suas flutuações por meio de como ela afeta o que estamos observando. Em segundo lugar, damos à mente algo para observar,  o que permite que ela fique gradualmente quieta; a analogia freqüentemente usada para esse processo é dar ao macaco (mente) uma banana (algo para observar) para mantê-lo  quieto. Finalmente, ao observar um processo, damos a ele espaço e atenção para melhorar e, assim, a eficiência do funcionamento de nosso corpo e mente aumenta.

Meditação alquímica. A última categoria ampla de métodos de meditação é a categoria alquímica. Esta é a forma de meditação baseada no uso direto e na transformação de substâncias energéticas dentro do corpo. Através do refinamento gradual das freqüências vibratórias dentro do corpo energético e posteriormente da consciência, é possível passar por uma poderosa forma de transformação interior.  Vale a pena notar aqui, porém, que os sistemas de meditação alquímica (conhecidos como métodos tântricos) geralmente servem para preparar o caminho para estados mentais mais passivos, semelhantes à “meditação do vazio”.

         Seja qual for a meditação ela tem inicio com a interiorização, isto é, com  a  abstração  da  atenção  do  mundo   exterior   e   dos   objetos  ; por isso, aconselha-se fechar os olhos ao meditar.  Porém, não é suficiente “não enxergar”  com  os  olhos  o  mundo  exterior, é preciso esquecê-lo, abstrair-se completamente  dele,  para poder perceber a dimensão interior,  a  realidade do  mundo  subjetivo.                                                      

         Para quem está no inicio dessa pratica, a dimensão interior  constitui-se basicamente  do  conteúdos  psicológicos  (emoções,  pensamentos,  imagens,   lembranças,   etc.)   que   devem   ser  considerados também  como  “objetos”  em  relação  a  verdadeira  consciência. Por tanto, mesmo estes  conteúdos  psíquicos  devem  ser afastados e acalmados se  nossa  intenção  é  chegar  a  uma  verdadeira interiorização e a uma abstração  completa,  que  nos  permitam tornar-nos sensíveis a realidade interior, tão  viva  e  “substancial” quanto a exterior.                                 

         É claro que se faz necessário muito  treino,  exercícios  e  desenvolvimento   de   técnicas   para  superar  a  tendência  a   extroversão e o habito de viver superficialmente,  além  de  ser  preciso acalmar os contínuos movimentos das  energias  dos  três  veículos. Este conjunto de técnicas e de treinamentos  constitui  uma fase preparatória para a meditação propriamente  dita,  fase  necessária que poderia ser chamada “fase psicológica”.          

         O processo meditativo,  portanto,  é  subdividido  em  dois  períodos chamados:                                              

1 – Meditação concreta, psicológica (ou com semente) 

2) meditação espiritual (ou sem semente)                   

Meditação Pratica 1 – Relaxamento                                 

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