Meditação: Os Poderes Latentes do Homem ou Seus Poderes Espirituais Programa -23 01 23

Untitled-1

Os Poderes Latentes do Homem ou Seus Poderes Espirituais

Após termos tratados da constituição total do homem vamos abordar agora seus poderes latentes ou poderes espirituais.

Esse tema de poderes espirituais é bastante controverso e complexo. Na ciência moderna existe uma lista deles que são estudados e avaliados por governos e instituições com o objetivo de identificar indivíduos que os possuam desenvolvidos e utilizá-los para os fins mais diversos principalmente nas áreas de espionagem e segurança.

Essa é uma temática, como disse, bastante controversa, no entanto nós iremos abordar aqui o tema do ou ponto de vista dos estudos e praticas de meditação. Adiante nós vamos dar uma lista daquelas diríamos são popularmente conhecidas pelas ciências oficiais e em seguida então vamos tratar do tema a luz da cultura oriental.

Lista de habilidades psíquicas

Esta é uma lista de habilidades psíquicas que têm sido atribuídas a ou alegadas por indivíduos. Muitas dessas habilidades são conhecidas como percepção extrassensorial.

Adivinhação – entender uma situação através de um ritual.

          Materialização – materialização, desaparecimento, teletransporte de algum objeto e/ou sua materialização.

Leitura de aura – percepção de campos de energia ao redor de pessoas, lugares e coisas.[

Projeção astral ou projeção mental – uma experiência fora do corpo em que um corpo astral se separa do corpo físico.

Bilocação ou multilocação – estar em diversos lugares ao mesmo tempo.

Teleportação – a capacidade de se locomover de um ponto ao outro desde que o ponto de destino esteja ao alcance da visão.

Clarividência ou segunda vista – percepção fora dos sentidos humanos conhecidos.

Levitação – levitação e voo do corpo humano.

Precognição, premonição e sonhos precognitivos – percepção de eventos antes que eles aconteçam.

Telecinésia – habilidade de manipular objetos com o poder do pensamento ou redefinir suas formas e estados.

Psicometria – obtenção de informação sobre uma pessoa ou objeto, normalmente tocando ou se concentrando no objeto ou em algum objeto relacionado.

Visão remota – obtenção de informação à distância.

Retrocognição – percepção de eventos passados.

Vidência – capacidade de ver eventos à distância ou no futuro.

Telepatia – transferência de pensamentos, palavras ou emoções em qualquer direção.

Simulcognição – percepção e conhecimento da realidade presente.

Pirocinese – capacidade mágica de criar, absorver e controlar o fogo, através das mãos, dos olhos ou da mente.

Oneirocinese – capacidade de controlar não só o próprio sonho mas também os sonhos das outras pessoas,e podendo até fazer pessoas adormecer.

Radiestesia – habilidade de localizar objetos, algumas vezes usando uma ferramenta chamada “varinha de adivinhação”.

Psicografia – escrita produzida sem pensamento consciente.

Mediunidade ou canalização – comunicação com espíritos.

Cura pela fé – cura pela canalização de uma forma de energia ou diagnóstico e cura de doenças usando a devoção religiosa.

Como vimos o homem é um ser potencial. A maioria dos seus poderes estão latentes.  Os hindus  dizem  que  esse  poderes Siddhi (sânscrito: सिद्धिः; siddhiḥ) literalmente significa “realização”, “consecução” ou “sucesso“. É usado como um termo para poderes espirituais (ou habilidades físicas) surgido a partir do controle do corpo e da mente. O termo é usado neste sentido no Hinduísmo e no Budismo Tântrico. Existem vários pontos de vista sobre a obtenção de Siddhis. Uma escola de pensamento estabelece que eles sejam um conjunto normal de ocorrências que não deveriam ser focados porque eles irão desviar o praticante do caminho. Outras perspectivas julgam que cada siddhi deveria ser aspirado porque habilitara o indivíduo a entender o poder do Ente Supremo.) são 372. Entretanto geralmente se fala de 8, 24 ou 72  . Os oito mais conhecidos são:      

        1. Atomização (visão microscópica) 2. Levitação 3. Ampliação (visão telescópica)  4. Extensão 5. Eficácia  6. Soberania 7. Controle sobre o elemento 8. Capacidade para atuar         

Além desses, costuma-se citar mais os seguintes:      

1. Ouvir sons distantes  2. Entrar nos corpos dos outros 3. Onisciência  4. Parar o fogo 5. Parar um rio  6. Imortalidade   7. Parar o vento 8. Controle pleno sobre fome sede e o sono 9. Penetrar em todas as espécies 10. Perfeição no falar outros idiomas  11. Poder de reviver os mortos 12. Poder para captar a  força vital 13. Poder para produzir a vida 14. Poder paralisar as funções vitais  15. Poder matar o intelecto   

Quem consegue alcançar esses Siddhis é chamado  de Siddha  Purusha  (é um termo amplamente utilizado nas religiões e cultura indianas. Significa “aquele que é realizado“. Refere-se a mestres aperfeiçoados que alcançaram um alto grau de perfeição física, assim como  espiritual ou iluminação.).   Esses Siddhas classificam-se em três tipos:                                   

          Adhama – é que obtém vida  longa,  fama,  prosperidade, família grande.                          

Uttama – o que satisfaz seus desejos através dos pensamentos.                                   

Madhyama – o que consegue entrar em comunhão com os seus, dominar a morte, penetrar à sua vontade nos corpos dos outros, deslocar-se rapidamente pelos céus, poder entender as verdades terrenas, conhecer as oito escolas do Yoga, curar doenças, etc.

(Madhyamā (मध्यमा) refere-se a “(obtenção de) mediano ( siddhis )”, de acordo com o capítulo 9 do Guhyasūtra.—De acordo, “[…] [O Senhor falou]:—[…] Ele será liberto da [força retributiva de] grandes transgressões; e ele atingirá os siddhis inferiores após dois meses, os siddhis intermediários ( madhyamā-siddhi ) após meio ano e os siddhis superiores após um ano; ele obterá poder sobre o feitiço ( vidyāsiddhi ). A capacidade de se tornar atômico, junto com os outros [dos poderes iogues], surgirá. Ele terá prazer na companhia dos siddhas . Ele alcançará os desejos que deseja; se ele estiver sem desejos, ele alcançará a liberação. […]”.

Fonte : SOAS University of London: Protective Rites in the Netra Tantra)

Vários métodos conduzem  ao  aparecimento  dos  Siddhis, eles podem ter origem por 4 diferentes formas:             

Janmaja     – congênito                                    

Ausadhija  – produzido por intoxicantes                   

Mantraja   – produzido pelos Mantras                      

Samadhi    – resultado de profunda e intensa meditação  

A tradição da existência desses poderes é  encontrada  em todo o mundo. Os budistas, por exemplo, falam  de  oito  grandes Siddhis, como comentamos anteriormente:

        1. Khadga – é o que permite ao guerreiro vencer em batalha com uma espada  sobre  a  qual foram recitados Mantras.  Práticas  de consagração de  espadas, são encontradas  nas  Artes  Marciais  do Japão.  

        2. Anjana – quando, através de um ungüento  mágico aplicado  nos   olhos,   podemos   ver tesouros ocultos .

        3. Padalepa – Um misterioso ungüento que, ao ser colocado nos pés, faz que nos  movamos sem sermos percebidos.                

        4. Antardhana – o desaparecimento milagroso.          

5. Rasa rasayana – que transforma em ouro todos os metais e produz a imunidade à morte.

        6. Khecara – que  permite  ao  homem  mover-se  nos céus.                                 

        7. Bhucara – que dá a possibilidade de irmos instantaneamente a qualquer  ponto  da terra.                                

        8. Patala  – que dá acesso aos mundos subterrâneos.

O Tantra tem seis rituais principais, que são conhecidos, como Satkarma, que é diferente do Satkarma descrito na Hatha Yoga Pradípiká sendo composto de: kapálabháti, trátaka, nauli, neti, dhauti e vasti.

Os três primeiros ajudam a purificar o organismo, mas trabalham também a energia e o pensamento. Os três últimos fazem a purificação interna de três partes do corpo. O objetivo destas purificações é equilibrar os três humores do corpo, que se constituem pela interação entre os cinco elementos: vata (ar e espaço), pitta (fogo) e kapha (água e terra). O equilíbrio dos doshas possibilita o correto funcionamento fisiológico. Quando um deles se desequilibra acontecem as doenças. Estas técnicas se fazem para reequilibrar os humores corporais.

Voltando ao Satkarma budista eles são  usados  com  as  seguintes finalidades:  

        1. Santi  – permite  remover   doenças,   influências nefastas e más ações.                    

2. Vasikarana – que dá o poder de carregar de influências um objeto ou pessoa (enfeitiçar).  

3. Stambhana – permite a paralisação da ação dos outros.

4. Vidvesana – propicia a separação de um casal.     

         5. Uccatana – encanta as casas, faz que o inimigo fuja.

        6. Marana – produz a morte ou  injuria  diversas  nos inimigos.                                

Entretanto, esses rituais são secretos sendo difícil a um simples curioso colocá-los em operação. Para  que  “vivam”,  tem que se conhecer a  época  oportuna  para  a  sua  realização,  a configuração planetária, as estações  propicias,  aos  deuses (energias)  e entidades a serem invocados e  as “chaves” da operação. Essas chaves são Mantras (emissão de sons) e Mudras (posições de mãos) que devem ser repetidos numa certa seqüência tal qual  o  procedimento  da abertura de um cofre.     

   No Yoga Sutra de Patanjali que é um texto básico para os que se interessam por Yoga, a ciência  do  encontro  do  homem  consigo mesmo. A seção III do texto é, em grande parte, sobre os poderes latentes do homem advindos da prática. Os trechos  traduzidos  e comentados a seguir foram retirados  do  texto  de  M. N. Dvivedi, publicado em 1980  pela  The  Theosophical  Publishing  House  – Adyar, Madras, Índia.   

1. “Contemplação é a fixação da mente em algo.”  

Anteriormente, foram descritas as condições de purificação e de iluminação das  distrações  que  servem  de preparativos para essa fixação em algo, que pode ser interno  ou externo. É um suporte para a meditação que irá ser iniciada.    

2. “A unidade da mente com esse algo é absorção”         

Essa absorção é  chamada  Dhyana  (meditação),  quando  o observador se torna unido com a coisa  meditada,  mas,  não  há, ainda, perda de identidade.            

3.  “O  mesmo  acontece  quando,  consciente  somente  do objeto, como se estivesse inconsciente de  si  mesmo,  se  dá  o transe.”

Esse transe é Samadhi (a  contemplação).  Quando,  então, não há mais separação entre o sujeito e o  objeto.  Aí  dá-se  a perda da identidade do “eu” e do “tu”.   

4. “Os três juntos convergindo numa só coisa constitui  o Samyama.”  

A palavra Samyama subentende os  três  processos  citados nos versículos  anteriores  (1, 2  e  3,  tomados  em  conjunto) ou seja o conjunto formado por Dhárana (concentração), Dhyána (meditação), e Samádhi (iluminação), sendo que cada estágio é o aprofundamento do anterior.

 Samyama é o caminho que leva aos Siddhis (poderes ocultos)  e  à contemplação inconsciente (Nirvihalpa Samadhi é o segundo estágio do samadhi , um estado meditativo de total absorção e bem-aventurança. Samadhi é o oitavo e último passo no caminho do yoga, conforme definido pelos Yoga Sutras de Patanjali .

As traduções diretas variam e as interpretações variam de “bem-aventurança” a “libertação” e até “iluminação”. Nirvikalpa pode ser traduzido do sânscrito como “não vacilar”, destacando o fato de que esse estágio de samadhi é sustentado e constante.

O estado de nirvikalpa samadhi só pode ser alcançado por praticantes avançados, que progrediram em estágios anteriores, como dharana (concentração) e dhyana (meditação).

Os mestres espirituais podem permanecer nesse estado por horas ou mesmo dias, e acredita-se que permanecer em nirvikalpa samadhi por 18 a 21 dias permite estados mais elevados de samadhi, nos quais a consciência pode deixar permanentemente o corpo físico.     

5. “Conquistando seus resultados, a conseqüência  será  a lucidez do Intelecto.”  

Essa  lucidez  é extraordinariamente difícil, senão impossível de ser conseguida pelo homem  comum,  sempre  imbuído  nos   “nomes”   de   seus   pensamentos,   palavras   e   ações.  J. Krishnamurti  conceitua  essa   “lucidez”  com   a   expressão “Percepção Criadora”. Quando ela ocorre, o homem percebe a coisa como ela é. Sem nuvens.   

6. “O seu uso é feito por estágios”. 

O uso de Samyama, dessa lucidez, é gradual. Aos poucos, a neblina vai  desaparecendo  e  os  contornos  da  realidade  vão nascendo das sombras. É impossível alcançar o cume  da  montanha sem  a viagem nas regiões inferiores.                           

“Os três são algo mais intimo do que as anteriores.”  

Os três são Contemplação, a Absorção e o Transe,  citadas nos Aforismos 1,  2  e  3.  Primeiro  dá-se  a  Contemplação  da Realidade. Segue-se uma gradual Absorção,  da  qual  resulta  Um Transe – uma perda de identidade resultante da nossa fusão nela.

Saltando algumas Aforismos, vamos direto aos que enumeram os diversos Siddhis que aparece à  medida  que  a  “neblina”  se desfaz e o aspirante se aproxima do pico da montanha.    

16. “Executando o Samyama nas três espécies de transformação, surge o conhecimento do passado e do futuro.”    

Neste caso, o aspirante  desliga-se  da  escravização  do tempo e passa a observar o eterno agora, pois está situado  numa outra dimensão, onde o  ontem,  o  hoje  e  o  amanhã  já  estão presentes.     

17. “O som e o significado nele contido  estão  presentes em estado confuso. Ao  executar  o  Samyama  do  som,  eles  são resolvidos e surge a compreensão dos sons emitidos por  qualquer ser vivo.”            

No Tantra há a concepção de que  todas  as  coisas  estão vivas, pois são concentrações de energias dotados,  portanto  de vibrações  diversas.  Elas  falam  uma   “linguagem”   que   não entendemos, pois estamos  presos  a  tridimensionalidade  e  aos sistemas de referência dos sentidos. É possível ao homem, graças à prática, tornar-se aberto a essas dimensões ele passa então  a compreender os sons naturais produzidos pelos diversos  sons.  A “música  das  esferas”  de  Pitágoras  tornar-se  algo  vivo   e palpitante.

18. “Pelas percepções diretas  das  impressões,  nasce  o conhecimento dos nascimentos anteriores.” 

Na  concepção  tradicional  reencarnacionista,  todos  os seres possuem registradas nas  camadas  mais  profundas  de  sua estrutura, as marcas do passado. Elas podem aflorar e  com  isso nasce a memória das vidas passadas. Inúmeros  são  os  casos  de lembranças   de   episódios   de   vidas   anteriores   nascidas espontaneamente ou  induzidas  pela  regressão  hipnótica.  Este extraordinário arquivo  pode ser  contatado  através  de  certas práticas.  

19. “Pela percepção direta através do Samyama (concentração, meditação e contemplação) da imagem que  ocupa  a nossa mente, atingimos o conhecimento da mente dos outros.”     

Acaba neste instante a privacidade, pois podemos observar os que os outros pensam.Algo que pode ser  extraordinariamente desagradável e perigoso e  que  pode  ser  de  grande  valor  na espionagem, razão pela qual as  superpotências  dedicam  grandes recursos  neste  campo  de  pesquisas, especialmente  sobre   a Clarividência, a que se refere o aforismo anterior.  

21. “Executando o Samyama na  Forma,  e  ao  suspender  o poder receptivo, o contato  entre o olho do observador e  a  luz (do corpo) é rompido e com isso, o corpo torna-se invisível.”  

A tradição da invisibilidade é encontrada em todo o mundo. Diversos autores exploram  o  tema  em  seus  romances  e contos. Nas histórias referentes a vários Santos  e  Mestres  da Sabedoria, há o testemunho  do  aparecimento  e  desaparecimento desses  seres,  ou  de  objetos  e  cartas  nas  quais  diversas situações.    

25. “Ao executar o Samyama na resistência dos animais, teremos a força de um elefante.” 

        Alguns exercícios permitem a eclosão de uma  força sobrenatural em  corpos  muitas   vezes franzinos.  Certos guerreiros, na antiga tradição da espada, eram imbatíveis, tal a sua força e agilidade. As tradições marciais da China e do Japão estão repletas de exemplo. 

26. “O  conhecimento  do  pequeno  e  do  oculto,  ou  do distante, é possível, dirigindo a luz da faculdade super física.”

Essa faculdade “super física” permite que o homem perceba o mundo infinitamente pequeno ou infinitamente grande. Um  exemplo notável são as pesquisas sobre a estrutura dos  elementos,  seus átomos e componentes apresentados no livro “A Química Oculta”  e que foram feitas por C. W. Leadbeater e Annie Besant.   

27. “O conhecimento do universo vem do samyama sobre o Sol..”     

Um exemplo desse poder de “ver”  sem  possuir telescópio  é  encontrado no povo  Dogon  que habita o Mali e o Burkina Faso, no continente da África. Os dogons do Mali são um povo que vive em uma remota região no interior da África Ocidental – são cerca de 400 a 800 mil e a sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, ao leste do Rio Níger.

Ainda não podem ser qualificados como “primitivos”, pois possuem um estilo de vida muito complexo, e não são excelentes candidatos a possuir muitos conhecimentos. Mas algo bem incomum é que parecem saber da existência dos anéis de Saturno e das luas de Júpiter, objetos que só podem ser vistos com a ajuda de telescópios. Mas o mais intrigante são suas crenças e conhecimentos sobre a estrela mais brilhante vista da Terra, o sistema estelar Triplo de Sírius, eles parecem saber que Sirius faz parte de um sistema estelar binário, cuja segunda estrela, Sirius B, uma anã branca, é, contudo, completamente invisível para o olho humano. Essa estrela leva 50 anos para completar sua órbita e na cultura Dogon existe uma celebração que ocorre justamente a cada 50 anos, a qual seria em honra à estrela. E existência de Sirius B só pode ser verificada de fato através de cálculos matemáticos realizados por Friedrich Bessel em 1844.

Além disso, eles sempre souberam da função do oxigênio do corpo e da circulação do sangue, coisas que a ciência ocidental só descobriu em tempos modernos. Os sacerdotes dogons dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, séculos antes dos astrônomos surgirem.

30. “Ao executar o Samyama dirigido ao centro de força do umbigo  (Manipura),  surge  o  conhecimento  da  organização  do corpo.”     

Foi graças a esse poder que as medicinas tradicionais do Oriente desenvolveram a acupuntura, com seus meridianos, pulsos, os centros de força e os nadis ou meridianos  (canais  de  circulação  de energia).  

31. “Ao executar o Samyama no centro  localizado  no umbigo. cessam a fome e a sede.”   

Os yogues que ficam  enterrados durante dias  num  regime de hibernação conhecem essas técnicas. Como também  os  inúmeros eremitas  que  vivem  em  cavernas  nas  montanhas  geladas   do Himalaia, desligados de qualquer contato com o mundo exterior. 

33. “Executando o Samyama à luz, no topo da cabeça, surge a visão dos Seres Perfeitos.”    

Os  Mestres  da  Sabedoria,  os  Adeptos,  os  Arhat,  os Bodhisatvas,   os   Tirtankaras (No Jainismo, é um ser que conseguiu escapar ao ciclo dos renascimentos e que ensinou aos outros como poderiam também escapar desse ciclo.),   são seres supremamente desenvolvidos, libertos dos ciclos  de  sucessivas  existências.  São  presenças  podem  ser  percebidas  por  aqueles  que  derem condição para que a comunicação se estabeleça.  A  meditação  do chakra coronal (o das mil pétalas), o  Sahashara, torna  possível essa percepção.  

35. “Executando o Samyama coração, nasce a consciência na natureza da mente.”      

O homem pode então perceber o funcionamento  do  processo mental, alterando-o conforme as  necessidades  ditadas  por  sua vontade. Normalmente  esse  “mecanismo”  opera  automaticamente, levando-nos de roldão. Com isso, sofremos e fazemos com  que  os outro sofram. Quantas palavras são ditas espontaneamente e vão obrigar-nos a nos arrepender seriamente no futuro. O homem que conhece o “mecanismo” da mente pode operá-lo para  obter  os melhores (ou piores) resultados. A mente é como um  bisturi  que cura e mata.  

39. “A mente pode penetrar o corpo de outro quando ocorrem o  “relaxamento”  das  causas   de   escravidão   e   o conhecimento das passagens.”               

        Duas palavras são profundamente significativas: “relaxamento  e”  “passagem”.  Relaxar  é  soltar,   desprender, distencionar o que normalmente nos tolhe a  liberdade.  Enquanto isso não acontecer, o nosso corpo mental está preso à  estrutura emocional e mental e  não pode “viajar”. Uma vez livre,  há “passagens” – canais, caminhos, meios – que nos permitem  entrar no corpo de outrem, podendo assim sentir  os  seus  problemas  e sofrimentos.            

42. “A execução do Samyama na relação existente  entre  o ouvido e o Akasha (éter) produz a audição super física.”          

É possível ampliar o campo auditivo percebendo o que está sendo falado a milhares de quilômetros ou por  trás  de  grossas paredes. No campo da Parapsicologia, essa  faculdade  é  chamada Clariaudiência.       

43. “A executar o Samyama na relação entre o corpo e o Éter, e ao mesmo tempo produzindo a união da mente com a luz, nasce a capacidade de  transferir  o  corpo  de  um  lugar  para outro.”              

É chamado  desdobramento  e  testemunhado  nas  histórias ligadas a muitos homens que atingirem a santidade e que chegaram a possuir o dom da ubiqüidade. Ou seja, estar em dois lugares ao mesmo tempo. Como são, por exemplo,  as  tradições  ligadas  no mundo cristão a Santo Antônio. 

Os Siddhis tratam-se de algo muito sério, estranho,  que  aberra  dos sentidos e parece se  chocar  com  as  leis  da  Natureza.  Todo aspecto exótico e extraordinário do  Tantra  provém  da  eclosão desses poderes. É preciso chamar a atenção para a complexidade que eles representam para os que não estão preparados para possui-los e que se destroem – dizem os textos antigos – como  as mariposas em contato com a chama.                                            

Bem, após termos tratado da constituição total do  homem  e de seus poderes latentes vamos passar, agora, ao nosso trabalho, propriamente dito.

– Sobre as praticas

Existem diversas formas de se meditar. Atualmente, então, proliferam de uma maneira incrível. Algumas são extremamente bem fundamentadas e alicerçadas e tradições muitas vezes milenares outras são adaptações, criações de seus divulgadores. Ao iniciarmos esse caminho devemos procurar entender as bases nas quais as mesmas se encontram estabelecidas para minimamente não perdermos tempo inutilmente e maximamente não acarretarmos sérios problemas para nossa vida em virtude de praticas nocivas.

O nosso trabalho encontra-se baseado num aprendizado constante que teve seu nascedouro há muitos anos fruto do estudo e pratica com pessoa de amplo  conhecimento sobre o tema que nos permitiu visualizar levemente atrás do véu desse inesgotável e ilimitado tema.

Esperamos que de alguma forma ele possa ser útil a aqueles que se dispuserem a realiza -lo

Inicialmente, é composto de ensinamentos acerca de relaxamento e concentração.                                  

O porquê deles é o seguinte:   

No que se refere ao relaxamento é através dele que vamos preparando o nosso corpo para o trabalho. Um corpo tenso esconde muitos  bloqueios,  como  já  sabemos  ou  podemos  inferir   do aprendido.  Assim  relaxando-o  começamos  a,  também,  eliminar alguns bloqueios pois que passamos a ter uma consciência dele  e isto leva-nos a descobrirmos muito de nós. 

Já na outra parte, que é a concentração, sua razão é a  de que estamos tão habituados com o mundo exterior que não temos  a mínima condição, em razão disto, de conhecermos  o  nosso  mundo interior, ele nos é uma incógnita. Assim sendo o primeiro passo para nos aventurarmos neste estranho e desconhecido mundo é aprendemos a nos concentrar para, desta forma eliminar, o mais possível, da nossa percepção, por um tempo, o mundo externo. Logo teremos condições de começarmos a  ouvir  o  nosso interior.  

As duas práticas estão intimamente relacionadas, pois que quando você inicia o relaxamento  você  também,  esta  treinando concentração.                                                   

Iremos observar que todas as nossas práticas se interrelacionam uma levando a seguinte e assim sucessivamente.  

Além do aspecto prático é abordado o lado teórico  de  cada uma delas, claro que de uma maneira bastante simples,  pois  que cada um  dos  temas  da  margem  a  um  longo  e  amplo  estudo.  Procuramos o mais possível, colocar os pontos mais importantes, se  você  desejar  e  puder aprofundar-se mais existe vasta literatura a respeito de cada um deles.                                                          

A prática dos exercícios, desde que realizada conforme  o ensinado  trarão  os  resultados  esperados,  claro   que   cada indivíduo tem o seu ritmo de  resultado, assim  uns  rapidamente atingiram estágios mais adiantados enquanto os outros lentamente e outros ainda pareceram nada progredir. Não  se  espante  todos estão aprendendo e os resultados viram a seu tempo.             

Duas palavras muitíssimo  importantes  que  deveram   ser constantemente lembradas por você no seu trabalho tais são:     

PACIÊNCIA e PERSEVERANÇA

Só assim resultados  satisfatórios,  bons  e  ótimos  serão atingidos. Lembre-se uma boa  construção  necessita  de  sólidos alicerces, caso contrário desabará na primeira tempestade.      

Pratica 1 de Meditação – Relaxamento                               

Post Recente

Deixe um comentário