Meditação o que é e para que serve do ponto de vista da ciência moderna – Programa 09 01 23

Meditacao

Benefícios da meditação

Bom de cara vamos falar acerca dos benefícios que ela traz claro que esses benefícios são os iniciais os bem básicos aqueles assim quase que não diríamos imediatos, mas os que acontecerão ou podem acontecer  Logo no início da prática

 Atenção quando falamos em início de prática nós não falamos de se praticar uma ou duas vezes porque é óbvio que os resultados advirão no transcorrer do tempo então não tenha grandes expectativas com relação a resultados de práticas meditativas antes de no mínimo três meses para resultados expressivos, mas por quê?

Porque é tudo um processo de construção muitas pessoas afirmam que em curto prazo de tempo você terá os benefícios da meditação esses que nós iremos citar aqui na seqüência são até possíveis que ocorram, depende de uma série de variáveis.

 Existe um hábito nesse meio dos meditadores modernos científicos de afirmar-se que a meditação é algo de efeito quase que imediato.

 Isso é uma grande mentira porque é um processo de conscientização, desconstrução e reconstrução é claro, como eu disse, que esses pequenos benefícios que nós citaremos  podem acontecer realmente em um curto espaço de tempo mas estes efetivamente não são os principais benefícios da meditação eles são o que a gente poderia chamar de benefícios secundários ou até mesmo terciários da prática

Os benefícios mais significativos e que realmente trarão uma mudança na vida do praticante ocorrem a médio e longo prazo.

Claro dependendo também da persistência na prática como nós iremos detalhar no transcorrer dos nossos encontros.

Atualmente vivemos numa sociedade apressada onde as pessoas querem começar alguma coisa hoje e terem resultados anteontem isso, no que tange a todas as práticas internas ou mesmo externas orientais, não são pertinentes por quê?

Porque todas elas foram desenvolvidas com o objetivo de harmonizar e equilibrar o indivíduo e esse processo não é um processo que acontece de um dia para noite devemos ter em mente que somos o que somos atualmente resultado de anos de vida e de contatos, de experiências, enfim de uma série de situações que nos trouxeram a condição atual.

Para que a gente possa efetivamente começar a ter resultados todo esse processo deve ser, num primeiro momento, reconhecido como existente e depois trabalhado para que possa ser transformado, de acordo com os nossos objetivos, portanto é suma importância termos clareza daquilo que desejamos com a prática da meditação para então entendermos o tempo que devemos investir e os resultados que obteremos como conseqüência desse tempo

Bem quais são os principais benefícios “imediatos”?

Dentre as vantagens que surgem da prática regular destacam-se:

         – redução do estresse e ansiedade;

          – aumento de satisfação e melhor desempenho no ambiente de trabalho;

         – diminuição da insônia e depressão;

          – aumento de bem-estar e auto estima;

          – estímulo da criatividade, inteligência e memória;

         – fortalecimento do sistema nervoso e imunológico;

         – redução da pressão arterial e de dores de cabeça;

         – diminuição do consumo do tabaco, do álcool e de drogas ilícitas

Vamos detalhar melhor isso.

A meditação tem sido objeto de atenção de diferentes vertentes espirituais e religiosas, sobre as quais falaremos em outros encontros, do vipassana budista à kaballah judaica. Em 2017, dados de questionários da Pesquisa Nacional de Saúde dos EUA indicaram que entre 2012 e 2017 triplicou o número de adultos que praticaram meditação. Essse material pode ser encontrado no NCHS Data Brief  No. 325 November 2018.

O gráfico abaixo indica o aumento de praticantes de meditação tendo sido extraído do documento acima referido

Esse outro indica a faixa etária dos praticantes

Tem crescido também o interesse de cientistas sobre os efeitos da prática para a saúde mental sendo uma das mais populares atualmente a mindfulness. Quando você busca na internet sobre Mindfulness, você irá encontrar referências a Jon Kabat-Zinn.

Kabat-Zinn é um médico e professor americano, fundador da Stress Reduction Clinic, em Massachusetts, e um dos pioneiros no desenvolvimento de pesquisas para a experimentação da meditação Mindfulness que desenvolveu.

Kabat-Zinn e outros estudiosos, buscam compreender a técnica e não apresentam o Mindfulness como uma meditação fazendo parte de práticas religiosas, mas sim de prevenção e redução do stress não levando em consideração ou mesmo deixando de lado os aspectos  éticos e espirituais assim como os elementos de religiosidade presentes nas tradicionais e milenares praticas meditativas que tem todas raízes nas religiões orientais e que fazem parte fundamental do processo e sem os quais o mesmo não cumpre seu real propósito. Sua teoria, ensinamentos e estudos podem ser conhecidos em seu livro “Onde quer que você vá, lá está você: meditação mindfulness na vida cotidiana” – “Wherever You Go, There You Are: Mindfulness Meditation in Everyday Life.” Publicado pela primeira vez em 1994

Há outros autores renomados e especialistas que apresentam ao mais detalhes sobre o assunto também, como Mark Williams, Phd e professor na Universidade de Oxford, e Tiago Tatton, brasileiro Phd e pioneiro no país.

Estudos sobre essa técnica criada cresceram de 12, em 2000, para 624, em 2015, segundo dados da Associação Americana de Pesquisa em mindfulness. No Reino Unido, um protocolo que une mindfulness à terapia cognitiva comportamental é uma das indicações terapêuticas para a depressão recorrente preconizada nas diretrizes oficiais de saúde .

A ciência por trás do silêncio

Segundo estudos científicos sobre essa pratica constataram que o córtex pré-frontal do cérebro tem três conjuntos de estruturas cognitivas que podem ser ativadas: a rede default, em ação quando estamos “viajando”; a de saliência, ativada quando reorientamos o pensamento para uma ação; e a rede central executiva, ativada quando estamos, de fato, executando uma tarefa.

O cérebro alterna entre essas funções continuamente. “O que se observa com a prática de mindfulness é uma redução nas atividades da rede default: fica-se mais atento e presente. Ao mesmo tempo há redução – inclusive estrutural – na área das amígdalas, responsáveis por emoções como medo e ansiedade. Pessoas que realizam essa pratica têm as amígdalas menos ativadas”, explica Camila Vorkapic, mestre em psiquiatria e saúde mental e doutora em psicologia pela UFRJ estuda a fisiologia da prática da meditação.

Esses elementos são todos eminentemente físicos que é o que pode ser avaliado em termos coletivos.

Entretanto cabe ressaltar que originalmente as praticas físicas e meditativas, que tem suas origens no oriente, visam a desenvolver o INDIVIDUO e, portanto a pretensão de que essas medidas possam servir ao coletivo não tem sentido uma vez que essas alterações possam não ocorrer em todos os praticantes até porque, como veremos, existem diversificadas técnicas de meditação.

Tomografias e ressonâncias também mostram redução da atenção voltada a estímulos externos e aumento da atenção sustentada interna. Aumentam também a produção de neurotransmissores como o GABA (ou ácido gama-aminobutírico, conhecido como o “calmante natural do cérebro”) e dos níveis de dopamina (neurotransmissor relacionado ao prazer), serotonina (ligada a regulação do humor) e das endorfinas, os analgésicos naturais do corpo.

A alteração cerebral mais significativa, mostrada em um estudo de Harvard, foi o aumento da espessura da massa cinzenta, ou seja, aumento no número de neurônios de determinadas áreas do cérebro”, conta a pesquisadora. Esse estudo pode ser encontrado no seguinte endereço de internet

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3004979

Marcelo Demarzo é doutor em patologia pela USP e professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) defende a prática como tratamento complementar de condições como ansiedade, depressão e dores crônicas. Diz ele

“As principais técnicas para o desenvolvimento da atenção plena são exercícios atencionais derivados de algumas práticas meditativas que usam o próprio corpo (respiração, sensações corporais) como âncoras para o treinamento da atenção. Podemos mapear os benefícios de mindfulness de várias maneiras: por escalas psicológicas, avaliações sanguíneas, avaliações neurobiológicas ou cerebrais e por exames de ressonância magnética funcional”.

Segundo o pesquisador, programas de mindfulness promovem mudanças na estrutura cerebral devido à capacidade neuro plástica do cérebro – efeito captado pelos exames de neuro imagem.

“Algumas áreas cerebrais são mais beneficiadas pela prática, como o hipocampo, hipotálamo e córtex pré-frontal. São áreas relacionadas à memória, à tomada de consciência do corpo em relação ao espaço (propriocepção), à tomada de decisões, ao raciocínio crítico, ou seja, às funções cognitivas em geral”.

– Meditar é saudável, sendo  uma panacéia

Apesar dos esforços recentes, a ciência engatinha para comprovar benefícios da meditação sobre o cérebro. I

Isso sem duvida se da ao fato de que desejam reduzir tudo as reações neurofisiológicas sedo que essas são a menor parte do processo que envolve energias que ainda não são mensuráveis pela “ciência” com sua estrutura de pensamento linear.

Muito a ciência devera avançar no pensamento multidimensional para entender do seu ponto de vista o processo da meditação que envolve aspectos de uma consciência multidimensional que é a única capaz de entender e explicar em sua integra o processo de meditação

Muitos estudos não têm um grupo controle, uma randomização, uma boa descrição da técnica utilizada ou de como ela foi ensinada aos pacientes/voluntários. Estatística e a apresentação dos dados de forma adequada também são fundamentais”, ressalta Elisa Kozasa, pesquisadora do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein e também uma das referências sobre o tema no Brasil.

Para analisar os efeitos de estados meditativos sobre o cérebro, ressalta Kozasa, exames de imagem como ressonâncias magnéticas funcionais são importantes. Mas a forma como são conduzidos, também. “Não é exatamente o que as imagens nos dizem, mas como elas foram adquiridas, processadas, analisadas e interpretadas. Trata-se de um processo complexo que envolve uma equipe multidisciplinar de áreas diversas tais como a física, a computação e a neuror radiologia”, ressalta.

Um estudo de 2015, que pode ser encontrado no endereçohttps://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/1809754, da universidade americana John Hopkins realizou revisão sistemática e meta-análise de 17.801 citações e 47 testes com 3320 participantes sobre programas de meditação para redução de estresse e promoção de bem-estar. Concluiu que programas de mindfulness de oito semanas têm evidências moderadas de auxílio na redução da ansiedade, depressão e dor. As evidências de que esses protocolos auxiliem na redução de estresse e qualidade de vida em termos de saúde mental foram consideradas baixas. Além disso, foi encontrada baixa ou nenhuma evidência de efeito sobre o nível de atenção, humor, uso de substâncias, alimentação ou sono.

Ele simplesmente reforça o que dissemos anteriormente de que o processo só apresentara resultados significativos a médio e longo prazo pois implica em toda uma transformação do praticante em termos inicialmente de energia para depois se manifestar no físico do mesmo

Os pesquisadores também afirmam não terem encontrado evidências de que programas de meditação sejam mais eficientes do que outros tratamentos ativos para os quadros citados – como medicação, exercícios e terapias comportamentais. Assim, a meditação aparece mais como uma aliada do que um tratamento por si só. No entanto, os pesquisadores concluem o estudo alertando: os dados são basicamente inconclusivos. São necessárias mais e melhores pesquisas para determinar os reais efeitos desses programas na melhora da saúde.

Outra pesquisa, uma meta-análise conduzida em 2007, que pode ser encontrada no seguinte endereço de internet

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17764203/,

por pesquisadores da Universidade de Alberta (Canadá) e baseada em 813 estudos, chegou à conclusão de que a maioria das pesquisas conduzidas no estudo da meditação até então possuíam problemas metodológicos ou de apresentação de resultados. “Muitas incertezas cercam as práticas de meditação”, afirma o estudo. “Pesquisas científicas sobre a meditação não parecem ter uma perspectiva teórica comum e são caracterizadas por baixa qualidade metodológica. Conclusões mais firmes sobre os efeitos da meditação na saúde não podem ser obtidas baseadas nas evidências disponíveis (no estudo). Pesquisas futuras sobre práticas meditativas devem ser rigorosas em seu desenho, execução, análise e divulgação de resultados”, conclui.

Apesar de limitações metodológicas, outras pesquisas recentes indicam relação direta entre freqüência de práticas meditativas e maiores níveis de consciência plena, auto compaixão e felicidade. É o caso de estudo de Demarzo publicado em 2016, que também observou como mindfulness e auto compaixão podem mediar a relação entre meditação e felicidade. Outros estudos, que podem ser encontrados no seguinte endereço de internet

https://www.nccih.nih.gov/health/meditation-and-mindfulness-what-you-need-to-know

 indicam eficácia da meditação na redução da pressão arterial, síndrome do intestino irritável, ansiedade e depressão. Todos aspectos físicos que efetivamente são facilmente corrigidos pela simples alteração do fluxo de energia do corpo fruto de um controle de estado emocional e mental que estão no alicerce de todos os problemas do homem moderno

Entre os achados, destacam-se os efeitos de redução dos níveis de cortisol, que impactam na qualidade do sono, no processo de envelhecimento celular, na resposta imunológica, nos processos inflamatórios e na estrutura do tecido cerebral. Em populações clínicas, existem benefícios reportados por estudos que introduziram a prática a pessoas com dor aguda e crônica, hipertensão, diabetes tipo 2, síndrome da imunodeficiência adquirida e portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e abuso de drogas”, relata a professora Gherardi-Donato, da Escola de Enfermagem da USP.

Para Kozasa, é importante entender as limitações da prática para utilizá-la adequadamente.

É importante compreender que meditar pode ajudar a reduzir o estresse, problemas cardiovasculares como a hipertensão, além de ser um bom recurso para lidar com sintomas de ansiedade e depressão. Porém, existem outras práticas contemplativas que se utilizam não apenas da quietude da mente e do corpo, mas de recursos corporais – como ioga e tai chi. Pessoalmente, eu incluiria atividades como o surfe também como uma prática contemplativa, quando fora do contexto competitivo”, indica.

 “Não falamos em cura, mas em melhor manejo dos problemas – o que pode prevenir novos quadros de ansiedade ou depressão, por exemplo”, corrobora Demarzo.

Como dissemos anteriormente a ciência nos seus estudos sobre meditação não conseguiu ainda a compreendê-la em sua integralidade porque os elementos de base, como também dissemos, que são os de caráter ético e religiosos não são considerados e são eles que juntamente com a prática levam ao indivíduo aos resultados tanto iniciais apresentados como também aos resultados posteriores e que não são de qualquer forma ainda quantificáveis ou mensuráveis pela ciência moderna.

 Entretanto é indiscutível a eficácia da prática meditativa do ponto de vista da ciência ocidental.

Com relação ao entendimento da importância dela nas culturas orientais na medida em que nós vamos aqui Caminhando com os nossos encontros vocês irão perceber a relevância dessa prática para o desenvolvimento da natureza do ser humano tanto do ponto de vista interno quanto o externo. Existem elementos de conhecimento que não são considerados nas práticas de mindfulness e similares uma vez que, como disse, implicam em crenças espirituais. Entretanto esses conhecimentos lastream e dão o entendimento necessário a muitos dos fenômenos e efeitos ocorridos durante o processo da meditação nas mais variadas escolas.

Nos nossos encontros aqui usaremos um tratado budista chamado Visuddhimagga do sec V escrito pelo monge Buddhaghosa que serve como base  para se compreender todas as práticas meditativas conhecidas uma vez que todas elas têm a sua estrutura básica similar variando apenas os elementos culturais e religiosos nas diversas técnicas.

 Apesar de existirem diversas linhas de meditação distintas existem  duas grandes vias meditativas nas quais são distribuídas as variadas técnicas uma via seria aquela que chamaríamos de ir a Deus seria uma via mais Mística como a das práticas cristãs e é uma via mais ocultista diríamos ou seja trazer Deus até você assim como por exemplo as práticas tântricas budistas, taoistas e xintoístas que visam a desenvolver elementos das capacidades psíquicas ou espirituais do homem como uma das ferramentas no processo do auto desenvolvimento ou autoconhecimento que é a meta final e principal da meditação.

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