Quanto mais “civilizado” é um homem e quanto mais utilitariamente haja sido educado, menos capacitado estará para compreender-se no sentido do famoso aforismo grego, “Conhece-te a ti mesmo”.
Como é demonstrado pelo estudo da mente da criança, existe uma natural tendência no homem, a transcender o mundo externo da não homogeneidade, e a buscar um estado de homogeneidade, semelhante ao de união que resulta do conhecimento da mente em seu estado original de existência.
Existência não é algo fácil de definer não existe uma definição clara a mais proxima seria o fato de viver de estar vivo.
Entretanto a condição de estar vivo implica em criar possibilidades para ísso. Quando nos reportarmos ao texto bíblico do Gênesis em seu início esta escrito que o verbo pairava sobre as Águas do abismo ou seja ele existia e que a partir daí ele criou ele gerou vida.
Assim sendo poderíamos dizer que vida é existência manifestada.
Hora se vida é existência manifestada tudo o que fazemos: pensamentos, emoções e ações são a vida mesmo.
Se pensamentos emoções e ações são coisas criadas e como consequência imperfeitas nós fazemos da nossa vida aquilo que imaginamos ser o mais adequado. Isso ocorre a partir do momento em que, ainda crianças, criamos o nosso próprio mundo do nada, das nossas fantasias depois vamos adequando essa criação de conformidade com aquilo que percebemos do mundo para que possamos sobreviver nele baseados na percepção conciente e inconsciente que vamos adquiririndo na medida em que crescemos.
Como essa criação é fruto do que percebemos do mundo desarmonico a nossa volta vamos gerando na nossa vida desarmonia em maior ou menor intensidade.
Em consequência disso fazemos de nossa existência um processo, de uma forma geral, confuso uma vez que nossas ações baseadas nessas percepções vão nos remetendo há um processo cada vez mais desarmonico gerando conflitos em todas as areas de nossa existência variando a intensidade deles de conformidade com os períodos de nossa vida.
Isso nos leva constante a uma inquietação buscando restaurar nossa condição original de existência uma vez que nessa condição havia ou há um estado de harmonia ou bem-aventurança.
Entretanto nossa atual sociedade tecnológica está cada vez mais comprometendo esse processo uma vez que, como dissemos anteriormente, essa postura de utilitariedade na qual o homem foi educado impede ele perceba a Realidade ficando cada vez mais preso da ilusão que ele mesmo criou e continua a criar agora com metaverso.
Isso porque o dito Progresso seria uma deformação da naturalidade primitiva ou original do homem fazendo com que ele fique alheio a sua realidade.
No estudo das sociedades não sofisticadas ou primitivas poderemos conseguir a mais próxima aproximação externa aquele estado de captação da mente em sua pureza
O homem “não civilizado” é um preceptor mais transparente e por tanto um interprete mais cabal e certeiro da vida, que o homem “civilizado”.
Isso Jung, no discurso de encerramento congresso médico de psicoterapia em 1938, afirmava ao dizer que quanto mais civilizado o homem menos capacitado estará para compreender a si mesmo por conta do utilitarismo que lhe é ensinado.
Essa civilização tem seu papel e sua importância porque tira do homem os instintos animais entretanto compromete a etapa seguinte por quê gera nele ilusão de que é capaz de criar com seus processos mentais e emocionais um mundo real e harmônico. Mas como ele se comprometeu no processo civilizatório sua capacidade de criação de um mundo real acaba distorcendo essa criação.
Em razão disso que vivemos hoje num mundo caótico e desarmonico numa busca incessante para recuperar essa condição harmônica original que está gerando o vazio a ansiedade e o medo.
Bom mas qual seria então a solução desse processo.
No Oriente temos a prática do Yoga, cujo significado é unir reintegrar, através de práticas principalmente meditativas; o homem essa sua natureza original de existência permitindo a ele que retome controle da sua capacidade criativa que está no cernedo ensinamento dos grandes mestres
Não houve psicólogos mais profundos que os Grandes Mestres, que unanimemente proclamaram que o neófito devia chegar a ser como uma criança pequena, antes de poder entrar no Reino da Verdade. Esta aqui pois, a razão psicológica de porque os Gurus ensinam que é necessário renunciar ao mundo, e deixar de lado todos os intelectualismos do homem, e insistem na necessidade de voltar a nascer para uma percepção superior; e de porque a sabedoria das crianças é maior que a dos escolares.
Esse é o real sentido da mente criativa muito citada hoje mas que não é compreendidq ma sua realidade uma que objetivam manter o homem nos processos ilusórios que criou.
O verdadeiro processo de meditação e da mente critativa tem como objetivo possibilitar ao homem recuperar esse controle para depois retornar aquele estado de existência harmônica. Em razão mente atraves dessa pratica atingir o estado de Quietude permitindo a percepção da realidade onda irá perceber a não diferenciação entre a criação e ele.
Isso irá remeter a alma a inefável união com a mente única.
O trabalho de meditação é uma autêntica terapia pois não pode haver saúde mental enquanto não se cure a ignorância enquanto se acreditar que o mundo das aparências é real. Só quando a mente alcança o que denominamos estado natural ou original se produz a liberação do engano e da loucura